André Nalini é um cidadão do mundo, mesmo sendo um paulistano sem sotaque – aliás, como era de se esperar. Ao longo da vida, já viveu e visitou dezenas de países em cada cantinho desse planeta. Desde 2015, contudo, essa vida de passaporte como documento obrigatório se intensificou. Com as consultorias que passou a prestar em diferentes continentes, começou a passar longos períodos longe do Brasil e, com essa nova realidade, entendeu que talvez fizesse mais sentido voltar a fazer algo que marcou sua trajetória: morar em hotéis como o Maksoud Plaza.

“Em 2018, por exemplo, passei quase o ano todo na Ásia, trabalhando em nove países”, conta Nalini, hoteleiro com passagens por Club Med, Hotéis Marina, Grupo Pestana e Blue Tree Hotels, entre outras empresas, além de colaborador do Hotelier News durante um tempo, escrevendo artigos para o site. “No ano seguinte, passei praticamente seis meses fora do Brasil. Primeiro, fui para o Canadá fazer a viagem de trem entre Toronto e Vancouver, uma experiência maravilhosa. Depois, percorri alguns países sul-americanos, como Chile, Peru e Equador com minhas consultorias”, completa.

Com esse ritmo intenso de viagens, ele decidiu não ter mais vínculos de moradia e, quando no Brasil, optou pela hospedagem longstay em hotéis. “Acho que essa decisão tem muito a ver com minha experiência e momento de vida. Hoje, não tenho um relacionamento familiar com filhos, por exemplo. Além disso, têm as viagens a trabalho”, diz Nalini, que tem duas filhas, sendo uma no Brasil e outra na Califórnia. “Certamente, isso não funciona para alguém na casa dos 40, com esposa e filhos”, acrescenta.

De fato, manter uma casa e conciliar isso com viagens – e longos períodos fora de casa – implica em custos que talvez sejam desnecessários, afora aquelas pequenas preocupações. “Como viajo muito, tenho que lembrar de pagar as contas, cancelar os serviços de internet e TV a cabo para recontratá-los quando voltar. Para mim, o longstay faz todo sentido, tenho mais tranquilidade. Quer ir embora? Faz as malas e pronto! Além disso, campeão, sou hoteleiro. Lá se vão 38 anos de carreira e morar em um hotel é algo absolutamente normal”, diz Nalini, que resume em três palavras sua opção de vida. “Custo, praticidade e sangue hoteleiro.”

Maksoud Plaza - André Nalini_elevador

Nalini lembra até hoje a primeira visita ao Maksoud Plaza e, claro, a visão única dos elevadores

André e sua nova casa

Com a pandemia, a rotina de consultorias não diminuiu, mas, por motivos óbvios, a de viagens internacionais cessou por completo. Neste contexto, Nalini passou a ter uma casa – e a escolheu muito bem. “Já são quatro meses aqui no Maksoud Plaza. Tenho um quarto amplo e extremamente confortável, com internet de alta velocidade. Além disso, a infraestrutura me proporciona tudo que necessito: academia, piscina, sauna, restaurante com custo-benefício muito bom e pratos bem elaborados. A localização é excelente, próximo a bons restaurantes, museus, farmácia… tudo walking distance. Em resumo, aqui tenho tudo que preciso”, reitera.

Com tanto tempo no Maksoud Plaza, Nalini já conhece boa parte da equipe, incluindo o Antônio Albuquerque, personagem de uma das reportagens do Hotelier News sobre o hotel paulistano. “Nesses momentos de pandemia, limpeza e higiene são fatores que ganharam importância na avaliação do consumidor, e aqui é impecável. O Antônio, por exemplo, conhece o hotel na palma da mão. É um profissional meticuloso e dedicado. Acrescentando o inglês às suas habilidades, pode trabalhar em qualquer lugar do mundo. Então, como hóspede, é isso que buscamos em uma boa hospedagem, e o Maksoud Plaza atende a tudo isso com excelência.”

E, veja bem, Nalini sabe do que está falando. Na fase atual da carreira, especializou-se em consultorias de gestão hoteleira, como foco em normas e procedimentos para hotéis que buscam certificações ISO 9001 de qualidade. “Faço treinamentos com os times e consultorias para a realização de auditorias de processos para manutenção de certificados de qualidade”, explica o executivo, que atendeu à reportagem na tarde da última quinta-feira (12), após passar a madrugada em um treinamento com um hotel tailandês.

Embora identifique, reconheça e valorize a infraestrutura e o atendimento prestado pelo Maksoud Plaza, Nalini admite que a escolha pelo cinco estrelas paulistano para esse período no Brasil carrega certo sentimentalismo. “Antes de decidir ser hoteleiro, estive hospedado aqui logo após a inauguração, acho que pouco mais de dois meses depois da abertura. Quando entrei, fiquei impressionado com a grandeza, a arquitetura, esse atrium gigantesco e a vista dos elevadores panorâmicos. Era algo muito impressionante para a época. Hoje, veja bem, segue maravilhoso. Há 40 anos, era espetacular”, afirma.

Maksoud Plaza - André Nalini_interna

Passados 40 anos, Nalini entende que o Maksoud Plaza continua entregando boas experiências

 

Para Nalini, Henry Maksoud – empresário que empresta o sobrenome ao hotel – foi um visionário ao construir o empreendimento. “Ele não economizou e construiu um hotel para ser um ícone do Brasil. E você via o toque dele na gestão”, afirma. “Depois, já um hoteleiro, voltei a me hospedar aqui em diversas ocasiões e guardo memórias afetivas muito boas desses momentos. Você vai para um hotel para se sentir maravilhado, usufruir de bons serviços e da infraestrutura existente. Ou seja, vai em busca de boas experiências. E o Maksoud Plaza te entrega tudo isso”, avalia.

Com a pandemia ainda no horizonte, o hoteleiro do mundo ainda não sabe ao certo os próximos passos. “Se ela se prolongar por mais tempo, talvez saia de São Paulo. Ir para um hotel na praia pode fazer sentido. Com boa internet, trabalho de qualquer lugar”, diz. Hoje, por enquanto, o Maksoud Plaza segue sendo o porto seguro de Nalini, sua casa. Assim como é do Paulo Roberto, do Antônio e da Izabel.

(*) Crédito das fotos: Vinicius Medeiros/Hotelier News