A última segunda-feira (2) foi um dia agitado no que diz respeito à crise da 123 Milhas. A Maxmilhas e Lance Hotéis foram inseridas no pedido de recuperação judicial da companhia. Além disso, o Procon-SP reuniu representantes de instituições financeiras para debater medidas que amenizem o prejuízo dos consumidores lesados pela empresa.

A reunião contou com participação de representantes da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), com o objetivo de propor medidas para proteção dos consumidores prejudicados pela suspensão dos pacotes Promo ofertados pela 123 Milhas. 

As discussões partiram do princípio de que as entidades recomendem aos seus associados a imediata aceitação e processamento das contestações por “desacordo comercial”, solicitadas por consumidores que adquiriram pacotes promocionais. Ainda, o Procon-SP reforçou para as instituições a importância de que todos os canais de atendimento e interação com clientes informem sobre a possibilidade de solicitarem a suspensão e/ou cancelamento dos pagamentos.

Para a entidade de defesa ao consumidor, os clientes prejudicados pela 123 Milhas não devem passar por mais prejuízos financeiros, considerando o comunicado da própria empresa de não cumprimento da oferta e, por isso, as cobranças ainda por vencer devem cessar.

A crise

No dia 18 de agosto, a empresa anunciou a suspensão dos pacotes promocionais. A promessa era de reembolso por meio de vouchers, que os consumidores poderiam usar no próprio site da companhia. Contudo, além da problemática de não disponibilizar a opção de reembolso financeiro, os clientes que receberam os vouchers não conseguiram usá-los. 

A empresa vem sendo investigada, inclusive, pela CPI das Pirâmides Financeiras. Além disso, no último dia 26, o Procon-SP notificou a companhia com diversas exigências. Entre elas, a transparência no site oficial da empresa era prioridade. 

(*) Crédito da foto: Luis Lima Jr/Fotoarena/Estadão Conteúdo