A Wyndham Hotels & Resorts segue firme em seu posicionamento contra uma possível fusão com a Choice Hotels. A rede hoteleira criticou a última tentativa do grupo liderado por Pat Pacious, descrevendo a proposta como um “retrocesso”, segundo divulgado pelo Skift.

A empresa, detentora das bandeiras Dazzler e Howard Johnson, disse que recebeu uma parte do CEO da Choice na semana passada — sendo este o primeiro contato da concorrente desde que a oferta de 17 de outubro foi divulgada.

Stephen Holmes, presidente da Wyndham, afirmou que a Choice não conseguiu resolver as questões levantadas pelo grupo norte-americano, especialmente sobre o cronograma para a rede de Pacious obter aprovação regulatória.

Anteriormente, em carta aberta a investidores, Holmes já havia criticado duramente a proposta da Choice, alegando que a fusão subestima o potencial de crescimento da Wyndham.

No terceiro trimestre, o lucro líquido da Choice chegou a US$ 92 milhões, o que representa um EPS diluído de US$ 1,81, com queda de 0,80% em RevPar frente ao mesmo período em 2022. Ao divulgar o balanço, a rede fez um apelo à Wyndham, alegando que a união seria para “acelerar a criação de valor para todas as partes interessadas”.

“A primeira comunicação da Choice em um mês desde a divulgação pública de sua proposta não solicitada não contém nenhuma mudança na forma de consideração e continua a subestimar as perspectivas de crescimento autônomo da Wyndham”, afirmou Wyndham na terça-feira. “Ao preço atual das ações da Choice, sua oferta para adquirir todas as ações em circulação da Wyndham é de US$ 86 por ação.”

“A carta propõe um período de dois anos para a Choice buscar obter aprovações regulatórias apoiadas apenas por uma baixa taxa de rescisão reversa de 6%, o que criaria um período prolongado de limbo e exporia a Wyndham e seus acionistas a riscos assimétricos significativos”, disse Wyndham.

Outros obstáculos para um acordo

A questão regulatória – e a possibilidade de um acordo ser bloqueado e a Wyndham ficar em desvantagem nesse ínterim – é um grande problema para a rede.

“Dado que agora reconhecem explicitamente as questões legítimas em torno do cronograma regulatório, eles estão essencialmente pedindo aos nossos acionistas que assumam sérios riscos e aceitem como compensação por um negócio fracassado uma baixa taxa de rescisão reversa que nem sequer começa a compensar a potencial perda lucros e prejuízo de valor de longo prazo que poderiam ocorrer durante uma revisão regulatória incerta de dois anos”, disse Holmes em comunicado.

O executivo enfatizou que a Wyndham, que rejeitou a oferta inicial da Choice há um mês, avaliaria qualquer proposta séria, como um dever fiduciário para com os acionistas.

“Fizemos-lhe uma oferta convincente em 17 de outubro de 2023 e vamos responder ao seu pedido de mais clareza relativamente à alocação de riscos no contexto do quadro regulamentar. A lógica industrial da transação é irrefutável e, como já discutido entre diretores e consultores jurídicos nos últimos meses, esta transação é pró-competitiva e as aprovações regulatórias necessárias podem ser obtidas”, escreveu Pacious à Wyndham em 14 de novembro.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Wyndham Hotels & Resorts