O faturamento do mercado de viagens corporativas já está 15% acima do registrado antes da pandemia, segundo levantamento da Abracorp (Associação Brasileira das Agências de Viagens Corporativas). De janeiro a maio, o setor teve receita de R$ 5,4 bilhões, ante R$ 4,7 bilhões nos cinco primeiros meses de 2019.

Neste cenário, os gastos com hotelaria têm se recuperado em ritmo mais acelerado do que os com passagens aéreas. A alta no preço dos bilhetes tem levado empresas a optarem pelo aluguel de automóveis e transporte rodoviário, sobretudo em viagens mais curtas dentro do país. Em maio, os gastos com os passagens aéreas encolheram 1,2% para R$ 738 milhões, na comparação com o mesmo mês de 2019.

Por outro lado, as empresas gastaram três vezes mais com passagens de ônibus na mesma base comparativa, enquanto as despesas com locação de veículos chegaram a R$ 38,2 milhões, mais do que o dobro em relação ao ano pré-pandemia. Em maio, o faturamento total das viagens corporativas foi de R$ 1,1 bilhão, 5% acima do mesmo período de 2019.

Outros dados

O levantamento da Abracorp sobre as viagens corporativas mostra que o que mais tem pesado no orçamento das companhias são os hotéis. Os gastos com diárias subiram 23% em maio, chegando a R$ 322,8 milhões. Para Gervasio Tanabe, presidente da entidade, essa alta acompanha uma mudança na política de precificação dos empreendimentos, que aos poucos estão adotando tarifas dinâmicas, como já ocorre na aviação.

“Com as tarifas flutuantes, as redes hoteleiras cobram preços dos clientes em função da época do ano e da demanda. Quando há muita procura, os preços sobem. Mas quando a demanda é menor, eles caem”, explica.

(*) Crédito da foto: Briana Tozour/Unsplash