O Banco Mundial estima que a economia brasileira crescerá em 2023 mais do que calculava anteriormente. Conforme publicado ontem (4), a previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) para este ano é de 2,6%, superando a estimativa de 1,2% de junho, aponta o Valor Econômico. No segundo trimestre, o indicador teve performance acima do esperado.

Já para 2024 recuou de 1,4% par 1,3%, enquanto para 2025 caiu de 2,4% para 2,2%. Em coletiva virtual, William Maloney, chefe do Banco Mundial para a América Latina, disse que o governo brasileiro vem atuando de maneira construtiva para diminuir os elevados níveis de endividamento dos consumidores.

“O Brasil está agindo certo em relação a isso na comparação com outros países da região. O governo federal lançou neste ano o Desenrola, programa de renegociação de dívidas contraídas por pessoas físicas”, diz o executivo, lembrando que Brasil e Chile foram os primeiros países da região a diminuir a taxa básica de juros, o que tende a impactar no crescimento econômico adiante.

O cenário de projeção do PIB tem relação direta na hotelaria. Isso porque, com o fim da demanda reprimida, a performance do setor será cada vez mais regida pela atividade econômica, que pode estimular ou retrair o fluxo nos empreendimentos brasileiros.

Outros dados

Para a América Latina e Caribe, a projeção de crescimento do PIB apresentada pelo Banco Mundial passou de 1,4% para 2%. Maloney comenta que, embora falte “consenso” na região a respeito de como aumentar a produtividade e as taxas de investimento, é preciso “trabalhar nas duas frentes”.

Além disso, segundo ele, os países têm espaço para aproveitar melhor a proximidade geográfica de nações desenvolvidas como forma de atrair investimentos.

(*) Crédito da foto: marcojean20/Pixabay