No segundo trimestre, o desempenho da economia brasileira surpreendeu o mercado financeiro, com isso, o Itaú Unibanco elevou a estimativa para o PIB (Produto Interno Bruto) deste ano, indo de 2,5% para 2,9%. Além disso, o banco revisou para baixo a estimativa da taxa Selic. Para o hoteleiro, agora é um momento importante para ficar de olho nos indicadores macroeconômicos, uma vez que a demanda represada pelos anos pandêmicos já se esvaiu.

É o quanto o brasileiro produz e recebe que ditará o quanto ele viajará, por exemplo. Além do aumento de quatro pontos percentuais na estimativa do PIB deste ano, o Itaú revisou sua projeção para o crescimento do PIB de 2024, que subiu de 1,5% para 1,8%.  “O bom desempenho do mercado de trabalho deve continuar sustentando o consumo das famílias nos próximos meses, compensando o fraco desempenho dos investimentos”, apontam os economistas do banco, de acordo com artigo do Valor Econômico

O banco, por outro lado, não alterou suas estimativas fiscais e continua a esperar déficit primário de 1% do PIB neste ano e de 0,8% em 2024. O Itaú projeta, também, queda de 0,2% na margem, com ajuste sazonal, no PIB do terceiro trimestre deste ano, em um desempenho puxado pelo setor agropecuário, “que deve continuar devolvendo parte da forte alta dos primeiros três meses do ano”. Porém, ao excluir da conta o setor agropecuário, o Itaú espera crescimento trimestral próximo de 0,2% e 0,3% nos últimos trimestres deste ano.

Inflação e Selic

O Itaú também revisou, para baixo, a projeção da inflação em 2023 e em 2024, ficando em 4,9% e 4,1%, respectivamente. De acordo com os economistas do banco, “ao longo do ano, o processo de desinflação tem sido liderado por itens comercializáveis, mas as últimas leituras mostraram alívio maior também de não comercializáveis, como os serviços”. 

Ainda de acordo com os economistas, a situação favorável da inflação deve permitir que o BC (Banco Central) corte a taxa básica de juros em 0,50% em setembro e, também, que permita cortes maiores em dezembro, o que faria com que a Selic finalizasse o ano em 11,50%.

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