A capital paulista pode até ter sofrido duros golpes durante a pandemia, com quedas bruscas de ocupação e uma luta constante para recuperar sua diária média. Mas nem uma crise sem precedentes é capaz de tirar a atenção de investidores da maior cidade do país. Projetos robustos estão para chegar, dando espaço para que novos empreendimentos hoteleiros nasçam com boas oportunidades de negócios. E a Intercity Hotels está diretamente envolvida neles.

Com sete unidades sob sua gestão em São Paulo, a bandeira da ICH Administração Hoteleira deve chegar ao seu oitavo hotel ainda este ano. E não será uma propriedade qualquer. O Intercity Tatuapé, previsto para abrir as portas em novembro, fará parte do Platina 220, da Porte Engenharia. O empreendimento de uso misto promete ser o maior arranha-céu da capital, com 50 andares e 172 metros de altura.

Apenas dois metros a mais foram suficientes para que o Platina 220 tirasse o título do de maior prédio do icônico Mirante do Vale, localizado no centro da cidade. O projeto abrigará 80 apartamentos residenciais, 50 salas corporativas e 19 lojas térreas, além, é claro, dos 190 quartos do Intercity Tatuapé.

Segundo Sergio Bueno, diretor de Desenvolvimento da ICH, a unidade contará com piscina, academia, restaurante e três salas de reuniões com cerca de 50 metros quadrados (m²). O executivo explica que São Paulo é o destino com maior número de hotéis Intercity em funcionamento e mais projetos em pipeline, sendo uma das praças de maior atenção da rede.

“Nossa atenção na capital paulista é bem robusta, mas de forma alguma deixamos de olhar para outros locais. Para nós, faz sentido esse fortalecimento, uma vez que São Paulo é um grande centro de negócios e ganhou uma vocação expressiva para eventos, congressos e shows que movimentam a hotelaria local”, pontua Bueno.

Sergio Bueno - Divulgação

Faz sentido fortalecer presença em São Paulo, diz Bueno

Apostas certeiras

Ter um hotel nas dependências do Aeroporto de Guarulhos era um desejo antigo da GRU Airport, concessionária do empreendimento. Em julho deste ano, veio a autorização do governo para a construção de um terminal VIP, um novo hangar de manutenção e um meio de hospedagem.

Previsto para inaugurar em 2026, o hotel contará com ligação direta ao aeroporto e visa atender às demandas de tripulação, passageiros em conexão, hóspedes a negócios e turistas com voos em atraso. Ainda em fase de desenvolvimento e sem nome definido, a propriedade tem investimento estimado na casa dos R$ 130 milhões.

“Estamos desenvolvendo o produto ao lado de investidores, com um hotel que terá oferta de 365 UHs. O empreendimento levará a marca Intercity, por ser uma unidade midscale com estrutura completa com restaurantes, piscina, academia e espaço para eventos. Enviamos nossa proposta para a administradora do aeroporto e assinamos o contrato em junho”, revela Bueno.

No início de agosto, a Porte Engenharia anunciou a continuidade de seu ousado plano na Zona Leste de São Paulo. Além do Platina 220, a incorporadora lançou o Radial III, complexo multiuso no bairro do Belém, que compõe o chamado Eixo Platina, projeto de desenvolvimento urbano com investimento total de R$ 3 bilhões.

O Radial III abrigará o maior teatro de São Paulo, com 4 mil m² e 1560 assentos. O projeto ainda contempla salas de cinema de luxo, hospital, torre gastronômica, lojas, salas corporativas e apartamentos residenciais. Para completar a oferta, a Caio Calfat Real Estate ficou a cargo do planejamento do centro de convenções, com 15 salas e capacidade para receber até 6 mil pessoas, e do hotel.

“A Porte Engenharia ainda fará o lançamento oficial do Radial III, com mais detalhes e informações que serão divulgadas em conjunto. O que posso adiantar é que a Intercity será a administradora do hotel de 287 apartamentos”, salienta o diretor.

Além dos projetos em São Paulo, a Intercity já opera hotéis dentro de empreendimentos de uso misto em Salvador, Porto Alegre e Brasília. Para Bueno, estas são oportunidades únicas para os negócios, visto que os componentes do projeto se alavancam entre si. “Você tem dentro de casa moradores, escritórios, participantes de eventos e pessoas que consomem as demais facilidades do local, o que gera um fluxo interessante. É um approach comercial diferente com a comunidade, que gera interferências positivas no hotel”.

O diretor explica que a bandeira, carro-chefe da ICH, foi uma escolha natural para estampar as propriedades. De categoria midscale, a Intercity Hotels atende às necessidades dos projetos e já é amplamente conhecida no mercado. “Se quiséssemos implementar um yoo2, por exemplo, a estrutura precisaria ser mais sofisticada e com serviços mais elevados”.

Para a rede, participar de projetos como os da Porte Engenharia são de grande satisfação, por se tratar não apenas de um complexo, mas do desenvolvimento urbano de uma região. “São projetos que vão mudar a cara da Zona Leste, que é muito grande e populosa. É muito bacana pensar no impacto que esse empreendimento pode ter na vida das pessoas e na cidade. Ele dará a oportunidade das pessoas trabalharem na região, sem a necessidade de deslocamento para o centro e Zona Sul, o que contribui com a mobilidade urbana”, ressalta Bueno.

Outras expansões

Além de São Paulo, a Intercity abriu as portas de uma propriedade em Canoas (RS), no início de agosto, e tem planos de inaugurar um hotel em Chapecó (SC), em 2023. “Também estamos reabrindo o Intercity Porto Maravilha, no Rio de Janeiro, após dois anos fechado. Nossa expansão está acontecendo com a hotelaria voltando e exibindo números robustos”, acrescenta o diretor.

Outra prioridade da empresa é a Cityhomes by Intercity, braço de short-term rental do grupo. Com dois endereços, um em Canoas e outro em Gramado, a rede planeja expansão para São Paulo e outras localidades no próximo ano.

(*) Crédito das fotos: Divulgação/Intercity Hotels