Foram 22 anos de atuação na Accor e uma passagem recente pelas lives do Hotelier News. Henrique Campolina consolidou seu nome na hotelaria como um especialista em topline, com ampla experiência em RM (Revenue Management), Vendas e Pricing, entre outros departamentos. Convidado para o 20º episódio do Hotel Trends, o profissional explora seu conhecimento em gestão de receita, em clima de final de ano, para abordar as perspectivas e desafios para 2024.

Em um bate-papo descontraído, quase simulando uma mesa de bar, os anfitriões Vinicius Medeiros (Hotelier News) e Pedro Cypriano (Noctua Advisory) sabatinaram Campolina com questões que navegaram entre experiência do cliente versus qualidade, demanda futura, custos, margens de lucro, investimentos em ativos e tarifas corporativas, entre outros temas.

Com a queda na qualidade dos serviços hoteleiros, consequência dos cortes de custos oriundos da pandemia, Campolina avalia que a precificação precisa ser condizente com a entrega. “A hotelaria enxugou o máximo possível e isso refletiu na qualidade dos empreendimentos. A entrega foi sacrificada em relação à mão de obra, que não voltou aos níveis do passado, mas o preço ultrapassou. Existe um desafio de customer experience e de qualidade, pois hoje você entrega um produto muitas vezes pior por um preço mais alto.”

Segmento ainda em níveis inferiores ao pré-pandemia, o corporativo seguirá como um dos desafios para os hotéis em 2024. Para o convidado do Hotel Trends, a precificação para as empresas sofrerá transformações. “Do ponto de vista da oferta, a hotelaria deverá se posicionar mais em preço, a partir de uma análise de produção mais forte.”

“Com a produção alta das empresas, o preço muda para um corporativo dinâmico. A saída é oferecer um desconto fixo sobre tarifa dinâmica, e o setor aéreo já atua dessa forma. Essa terá que ser uma realidade. Outra opção é um trabalho híbrido, com tarifas fixas para determinada produção e dinâmica com desconto”, acrescenta Campolina.

Sobre a relação entre custos e ganhos, o especialista destaca que as despesas devem contemplar reduções para garantir melhores margens aos empreendimentos, em meio a um cenário de demanda crescendo pouco. “Custo é como unha e cabelo: sempre precisa cortar e encontrar otimização. E as oportunidades estão em distribuição, sem esquecer o mix de cada hotel, considerando canais diretos, OTAs, etc, que impactam com comissões e descontos. É uma situação inegável que chegaremos a uma revisão de produto, pois muitos serviços e processos estão sendo substituídos por tecnologia”.

Onde ver e ouvir?

O episódio do Hotel Trends com Henrique Campolina está disponível em múltiplas plataformas. O programa pode ser acessado no Spotify, YouTube ou via newsletter do LinkedIn (faça sua inscrição aqui).

Spotify: https://spoti.fi/4abv7kD

Já se você não segue o canal do Hotelier News no YouTube, dá um joinha e clique no sininho para receber notificações sobre nossas últimas atualizações, como novos episódios do Hotel Trends, Hotel Connection e In Loco. Aproveite também para curtir nossos perfis no LinkedIn, Facebook e Instagram para saber tudo que acontece na hotelaria.

Já se quiser ver a lista completa com todos os episódios do podcast do Hotelier News, acesse https://spoti.fi/3Hu00UB.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Hotelier News