Dando continuidade aos balanços das redes hoteleiras internacionais, a Choice Hotels International divulgou ontem (8) seus resultados financeiros do primeiro trimestre de 2024. Diferentemente de redes como Hilton, Accor e Marriott, a Choice viu sua receita e RevPar caírem nos três primeiros meses do ano.

No período, a empresa faturou US$ 331,9 milhões, queda de 0,3% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. O RevPar doméstico, por sua vez, caiu 590 pontos base no primeiro trimestre, na mesma base comparativa, recuo creditado à incerteza econômica dos EUA. Já em relação a 2019, houve incremento de 8,2%.

No relatório, a rede informou que seu pipeline global cresceu no primeiro trimestre de 2024, especialmente no desenvolvimento de hotéis de conversão. A empresa, cujos quase 7,5 mil hotéis abrangem 22 marcas, como Comfort e Quality Inn, informou que seu pipeline aumentou 10% no período, atingindo o recorde de mais de 115 mil acomodações, revela o Skift.

O pipeline de quartos de conversão cresceu 36% mundialmente e aumentou 59% nos EUA durante o mesmo período. Assim, o grupo hoteleiro tem se concentrado em aumentar sua presença nos segmentos de upscale, longstay e midscale, que geram receitas mais altas. Ainda segundo o informe da rede, ao fim do trimestre o sistema doméstico  contava com 6,2 mil empreendimentos e 494 mil quartos.

“O que está nesse pipeline vale o dobro do que está em nosso sistema existente”, diz Patrick Pacious, CEO da Choice Hotels. O Ebitda Ajustado subiu 17% em relação ao ano anterior, atingindo US$ 124 milhões, recorde da empresa para o primeiro trimestre. Além disso, os executivos destacaram o desempenho dos cerca de 600 hotéis Radisson Americas, que adquiriram por US$ 655 milhões em 2022.

“Estamos desbloqueando as sinergias de receita da aquisição da Radisson Americas, o que significativamente aprimorou nosso perfil de crescimento e abriu novas fontes de ganhos incrementais”, ressalta Pacious.

Outros dados

No primeiro trimestre, o lucro líquido da Choice Hotels foi de US$ 31 milhões, 41% abaixo do mesmo período de 2023. Para aproveitar mais a demanda de viagens, a companhia redesenhou e relançou sua marca Park Inn by Radisson em abril, mirando um novo perfil de público. O primeiro hotel sob essa bandeira deve ser aberto no terceiro trimestre. O CEO chamou a marca de “uma espécie de preenchimento de lacuna entre Quality Inn e Econo Lodge”.

Dado esse contexto, os executivos dizem que têm observado a demanda pelas marcas do grupo se manter, mesmo em meio ao contexto econômico conturbado. Apesar de um possível abrandamento no ritmo de crescimento das viagens, a Choice Hotels manteve inalterada sua orientação para o ano, prevendo Ebitda Ajustado entre US$ 580 milhões e US$ 600 milhões. Essa estabilidade sugere que os gestores acreditam que as métricas globais de lucratividade permanecerão consistentes com as previsões anteriores.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Choice Hotels International