O ano de 2024 começou bem para o Airbnb. Isso porque no primeiro trimestre, companhia registrou receita de US$ 2,14 bilhões, aponta o Phocuswire. O resultado representa alta de 18% frente ao mesmo período do ano anterior. Já o Ebitda Ajustado foi de USS$ 424 milhões, aumento de 6% na mesma base comparativa.

As noites e experiências reservadas no primeiro trimestre deste ano cresceram para 133 milhões, aumento de 9,5% em relação ao ano anterior, com crescimento relatado em todas as regiões do mundo. Em comparação com o mesmo trimestre de 2023, os anúncios ativos para acomodações – excluindo milhares de propriedades que o Airbnb removeu devido à baixa qualidade – cresceram 17%.

A empresa afirmou que o maior avanço no inventário veio da Ásia-Pacífico e da América Latina, regiões que também tiveram o maior incremento no recorte anual nas noites e experiências reservadas. Os resultados do primeiro trimestre do Airbnb mostram um bom momento no crescimento da plataforma de compartilhamento de residências.

Embora ainda não esteja claro qual será o impacto dos Icons, ferramenta lançada recentemente, no resultado final da empresa, há especulações na indústria de que não será tão significativo.

Expansão internacional

Considerando os resultados positivos em diversos mercados no primeiro trimestre, o Airbnb está intensificando seus planos para expansão internacional. A companhia pretende crescer significativamente além de seus cinco maiores mercados, conforme relatado pelo Skift.

Durante a reunião com executivos para discutir os resultados do primeiro trimestre, Brian Chesky, CEO da empresa, afirmou que o Airbnb está pronto para expandir em diversos mercados internacionais, incluindo México, Brasil, China e Japão. No Brasil, inclusive, as perspectivas seguem positivas, segundo Fiamma Zarife, country manager da empresa no país. Em entrevista ao Hotelier News, a executiva pontuou, mesmo sem abrir números, que a demanda segue aquecida por aqui.

“Uma das coisas que aprendemos é que o Airbnb ressoa praticamente igual em todos os lugares assim que há o reconhecimento. Então, estamos muito otimistas quando se fala em expansão”, complementa o CEO.

Visando dar continuidade aos números positivos, a empresa está focada em aprimorar seu core business. Chesky acredita que o Airbnb ainda precisa aumentar sua capacidade de melhorar três aspectos: qualidade e confiabilidade dos produtos, acessibilidade do que oferece em comparação com os concorrentes, e a usabilidade da plataforma.

Um métrica significativa que evidencia o progresso em termos de experiência do usuário é o aumento de 60% nos downloads do aplicativo do Airbnb nos Estados Unidos no primeiro trimestre em comparação com o mesmo período do ano anterior, e o incremento de 21% na comparação anual nas noites reservadas globalmente por meio da ferramenta, representando 54% das noites totais reservadas no trimestre, alta em relação aos 49% no primeiro trimestre de 2023.

Chesky observou que as taxas de conversão em aplicativos nativos geralmente são muito mais altas do que em um site móvel. Além disso, melhorias feitas na interface do usuário, como filtros melhores e uma caixa de pesquisa mais proeminente, “nos últimos 12 meses, provavelmente geramos pelo menos alguns pontos percentuais de crescimento incremental apenas por meio da otimização do fluxo de pesquisa”, comenta.

“Estamos focados em transformar a empresa de um negócio de acomodações em uma companhia multicategoria, e nos próximos três anos isso irá acontecer de forma bastante substancial”, ressalta Chesky, justificando a importância de produtos como o Icons, que propõe novas experiências aos clientes do Airbnb, que está expandindo seu posicionamento de marca para além de “apenas um lugar para ficar”.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Airbnb