Viagens corporativas ultrapassam R$ 52 bilhões no 1º semestre
6 de setembro de 2023Após o melhor mês de maio desde 2015, o setor de viagens corporativas encerra o primeiro semestre com faturamento de R$ 52,3 bilhões, segundo dados da Alagev (Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas), em parceria com a FecomercioSP. O resultado representa crescimento anual de 18,1%, além de um desempenho recorde em oito anos para o período.
Para encerrar o semestre com chave de ouro, as viagens corporativas alcançaram R$ 9,4 bilhões em junho — aumento de 10% frente ao mesmo mês em 2022. De acordo com o levantamento da Alagev, os números apontam para um momento de solidez no segmento, com a retomada de viagens a negócios impulsionadas por preços mais acessíveis de passagens aéreas.
Por outro lado, com alta demanda da hotelaria, a tarifa média está mais elevada do que em 2022 por conta da expansão dos custos operacionais, que acabam sendo repassados aos consumidores finais, incluindo as empresas.
Pontos de atenção
Na análise da entidade, o volume de viagens é grande, superando a pré-pandemia no modal aéreo. No entanto, as empresas estão mais rígidas sobre a necessidade de realizar uma viagem, seja para uma reunião ou evento. O modelo antigo, de bate e volta para um encontro, já não é uma opção frequente nas organizações.
“O primeiro semestre destacou uma tendência de crescimento sem precedentes. A previsão é que esse aumento persista, embora possam surgir incrementos menos substanciais em termos percentuais. Esses resultados destacam a resiliência e vitalidade do setor, refletindo a importância de investimentos nas viagens de negócios”, comenta Giovana Jannuzzelli, diretora executiva da Alagev.
A economia brasileira apresenta bons resultados em 2023. As empresas estão com mais capacidade de investimento, o que influencia nos deslocamentos corporativos. A expectativa é que a redução da taxa de juros traga consequências ainda mais positivas no médio e longo prazo no sentido de uma economia mais forte para 2024.
Gargalos de mão de obra qualificada, limitação de conectividade e infraestrutura aquém do desejável ainda são pontos de atenção que freiam o crescimento do setor corporativo.
(*) Crédito da foto: Pixabay