De acordo com levantamento divulgado pela Abracorp (Associação Brasileira de Viagens Corporativas), o setor faturou, em julho, R$ 1,1 bilhão, pouco mais de 13% acima do que em igual período de 2019.  Um ponto de destaque é o setor hoteleiro, que manteve crescimento de 22,76% em igual base comparativa. Já o segmento aéreo doméstico, por sua vez, teve números 11% menores que o registrado em 2019.

Segundo as projeções da entidade, o setor terá recuperação completa ao longo do segundo semestre. “Com o resultado de julho, mantemos nossa previsão de que o ano deverá ter faturamento melhor do que 2019, igualando-se inclusive em transações ao longo dos próximos seis meses, ao período pré-pandemia”, projeta Gervásio Tanabe, presidente executivo da Abracorp. 

A associação destaca, ainda, que o resultado do primeiro semestre mostra plena recuperação do setor neste ano, com a retomada forte das viagens e dos eventos corporativos, gerando tendência positiva para os últimos seis meses do ano. “Esse é o quinto mês consecutivo que superamos a marca de R$ 1 bilhão”, destaca Tanabe. 

Viagens corporativas: outros dados

O levantamento da Abracorp abrange diversos segmentos do setor. Em julho de 2022, os cruzeiros corporativos tiveram faturamento mais que duas vezes maior que o mesmo período de 2019, chegando a quase R$ 385 mil. Já neste ano, o número registrado foi muito mais baixo, R$ 35 mil. 

Em igual comparação, o faturamento do transporte ferroviário do sétimo mês deste ano foi de R$ 633 mil, enquanto que, no último ano, foi de apenas R$ 14 mil.

Cautela em terras cariocas

Graças às novas medidas em prol do Aeroporto do Galeão, o presidente da Abracorp lança alerta para os hoteleiros ao redor do Santos Dummont. “Naturalmente, essas ligações poderão ser feitas [dos hotéis com viajantes que chegam] a partir do Aeroporto do Galeão, porém, vale o alerta para toda a infraestrutura construída na região, incluindo empreendimentos como hotéis e o comércio em face desse público viajante que hoje frequenta o Santos Dumont”, pondera. “É uma nova situação que mudará um pouco o cenário da região do Santos Dumont e dos voos a partir dele, muito embora, sabemos que a principal ligação não sofrerá impactos, a famosa ponte aérea Santos Dumont/Congonhas”, finaliza.

(*) Crédito da foto: Unsplash