Argentino, natural de Buenos Aires, Diego Filardi é apaixonado por esportes e leitura — atividades que pratica regularmente. “Acredito profundamente que a educação nunca acaba e sou entusiasmado com tudo o que há para aprender”, revela o diretor de Desenvolvimento Latam da Nobile Hotels & Resorts.

Vivendo atualmente em Punta del Este com sua família, Filardi teve a oportunidade de morar em diferentes países latino-americanos, como Chile e México. Amante confesso da hotelaria, o executivo afirma que seu amor pelo setor o permite desfrutar ainda mais de seu trabalho. “E sou muito grato à vida por isso”, acrescenta.

Filardi estudou Administração e Finanças, mas revela que foi na escola da vida que se especializou em vendas e comercialização. “Trabalhei por mais de 20 anos na indústria de timeshare e aprendi com grandes mentores. Fui abençoado por ter bons professores e guias que me ajudaram a avançar na carreira”.

Em sua trajetória profissional, atuou em diferentes empresas como Starwood, Meliá, RCI, Wyndham. “Hoje, estou com o Grupo Nobile, onde com muito orgulho e felicidade respondo como diretor para a América Latina”, conclui.

Três perguntas para: Diego Filardi

Hotelier News: Em 2019, a Nobile Hotels & Resorts anunciou os planos de chegar a 1 mil UHs na América Latina nos próximos cinco anos. Em que fase de expansão a rede está no momento? E quais os destinos na mira da operadora?

Diego Filardi: Estamos em pleno trabalho e focados em nosso objetivo que, como você diz, estabelecemos para nós mesmos quando decidimos cruzar as fronteiras e expandir fora do Brasil. Hoje, temos mais de 450 quartos distribuídos entre Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai, sob administração e gestão. Estes somam ao nosso portfólio mais de 8 mil UHs no Brasil. Cerca de 70% das unidades estão sob gestão e administração, enquanto 30% são contratos de licenciamento de marca — este último com um modelo flexível para hotéis independentes. Estamos muito entusiasmados com o nosso crescimento e comprometidos com os clientes que confiam no nosso trabalho.

HN: Como os empreendimentos fora do Brasil estão reagindo à pandemia? Quais países são destaque na retomada?

DF: Fizemos um grande esforço e trabalhamos dedicadamente com toda a nossa equipe, com estratégias de diversificação, gestão de custos e liderança operacional, focados nos mercados locais para manter nossos hotéis abertos durante a pandemia. Isso nos permitiu ganhar posicionamento e dar continuidade para aproveitar o impulso da retomada. Todos os empreendimentos estão crescendo em ocupação e diária média, e com isso, recuperando rentabilidade.

Em termos de mercado, os países que desenvolveram e executaram planos de vacinação de forma eficiente são os que estão melhor posicionados para a recuperação destes dois anos de pandemia. Por outro lado, somam-se situações particulares, como a diferença de câmbio na Argentina e os benefícios do governo para estimular o turismo interno — o que gera um cenário mais favorável ao setor que foi duramente atingido.

HN: O que esperar das unidades latino-americanas para 2022? As perdas provocadas pela crise serão recuperadas?

DF: Acredito que a recuperação está em processo, pois estamos muito melhores e continuaremos recuperando a rentabilidade dos nossos hotéis sem descuidar do controle e gestão de custos. Não devemos dizer que a situação está recuperada, o que significa que vamos continuar sendo criativos e pensando formas de diversificar nossos negócios, expandir vendas e distribuição, incorporar novas tecnologias e, principalmente, olhar bem de perto os números. Há segmentos de mercado que se recuperarão mais rapidamente do que outros, como é o caso do lazer. Já alguns demorarão um pouco mais, como os eventos e convenções. O foco é continuar ganhando ocupação, mas crescendo nossas tarifas, que são o que precisamos para retomar receitas e estabilizar despesas operacionais.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Nobile Hotels & Resorts