Segundo pesquisa divulgada hoje (17) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa de desemprego ficou em 8,4% no trimestre encerrado em janeiro, primeiro mês do governo Lula (PT). O resultado supera a expectativa do mercado financeiro, que projetava taxa de desocupação de 8,2%, aponta a Folha de S. Paulo.

O indicador estava em 8,3% no trimestre até outubro de 2022, período anterior da série da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua). No trimestre até dezembro, a taxa já estava em 7,9%. O número de desempregados, por sua vez, foi estimado em 9 milhões nos três meses encerrados em janeiro, mesmo contingente observado em outubro.

De acordo com as estatísticas oficiais, a população desempregada é formada por pessoas de 14 anos ou mais, que estão sem trabalho e que seguem à procura de novas oportunidades. Quem não tem emprego e não está buscando reposicionamento no mercado não entra nesse número.

Outros dados

A Pnad retrata tanto o mercado de trabalho formal, quanto o informal. Ou seja, a pesquisa abrange desde os empregos com carteira assinada e CNPJ até o mercado sem contratos estabelecidos. Após as baixas causadas pela pandemia de Covid-19, a geração de vagas foi beneficiada pela vacinação a partir de 2021, mostrando a primeira reação do país contra o desemprego após a crise. A imunização permitiu a circulação de pessoas e reabertura de negócios, intensificada no ano passado.

A recuperação do mercado de trabalho, porém, tende a perder velocidade em 2023, segundo economistas. Esse contexto está associado à previsão da desaceleração da atividade econômica, com os juros elevados.

(*) Crédito da capa: Agência Brasília