Depois de ter se aproximado dos níveis pré-pandemia em 2023, o tráfego aéreo global ultrapassou as marcas de 2019, fechando fevereiro com volume de passageiros transportados 5,4% superior. Segundo dados divulgados pela IATA (Associação do Transporte Aéreo Internacional), a América Latina teve papel importante nessa retomada ao registrar um aumento de 21% na demanda de passageiros, com a taxa de ocupação de 84,2%, o que representa um crescimento de 1,7%.

O Brasil, isoladamente, registrou um aumento de 3,2% no tráfego doméstico de passageiros pagantes por quilômetro (RPKs), enquanto a oferta de assentos disponíveis por quilômetro (ASKs) cresceu 5,5%. Apesar disso, a taxa de ocupação no país teve uma leve queda de 1,7%, situando-se em 77,5%.

Resultados globais

O resultado da região se alinha aos resultados globais do levantamento, em que a demanda total de passageiros aumentou 21,5%, com a capacidade total subindo para 18,7% e a taxa de ocupação global chegando a 80,6%.

A demanda por viagens internacionais também fechou fevereiro com um aumento importante, de 26,3%, com a capacidade com alta de 25,5% e a taxa de ocupação avançando para 79,3%.

No agregado dos mercados domésticos, a demanda cresceu 15,0%, a capacidade 9,4%, e a taxa de ocupação impressionou com 82,6%.

Willie Walsh, diretor geral da IATA, ressaltou o forte início de 2024 e a resiliência do setor frente às incertezas geopolíticas e econômicas. Ele enfatizou a importância de políticas que apoiem a trajetória positiva do setor, evitando novos impostos que possam encarecer as viagens e desestabilizar a recuperação.

“O forte início de 2024 continuou em fevereiro, com todos os mercados, exceto a América do Norte, relatando crescimento de dois dígitos no tráfego de passageiros. Há boas razões para estarmos otimistas quanto às perspectivas do setor em 2024, pois as companhias aéreas estão aumentando seus investimentos na descarbonização e a demanda de passageiros mostra resiliência face às incertezas geopolíticas e econômicas”, comentou Walsh.

Desempenho por região

  • Ásia-Pacífico: a demanda aumentou 53,2%, com a taxa de ocupação atingindo 84,9%.
  • Europa: a demanda cresceu 15,9%, mantendo a taxa de ocupação em 74,7%.
  • Oriente Médio: a demanda subiu 19,7%, e a taxa de ocupação aumentou para 80,8%.
  • América do Norte: a demanda teve um incremento de 16,0%, mas a taxa de ocupação caiu para 77,7%.
  • África: a demanda cresceu 20,7%, embora a taxa de ocupação tenha diminuído para 74,0%.

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