Em um gesto de solidariedade à Ucrânia, milhares de usuários do Airbnb ao redor do mundo fizeram reservas de acomodações no país, a fim de angariar recursos para pessoas afetadas pelo conflito com a Rússia. Com o objetivo de evitar fraudes e garantir que os anfitriões do país recebam os recursos, a empresa optou por monitorar a iniciativa de perto, segundo o Phocuswire.

Nos primeiros dois dias, quando a ideia tomou conta das mídias sociais, foram reservadas mais de 61 mil room nights, arrecadando US$ 1,9 milhão para os anfitriões – sem nenhum tipo de taxa cobrada pelas reservas. Por outro lado, a iniciativa também gerou preocupações sobre a possibilidade de a campanha ser fraudada, desviando os recursos.

“Estamos avaliando de perto todas as atividades de anúncios na Ucrânia e temos medidas muito robustas para detectar fraudes em nossa plataforma. Confiança e segurança são absolutamente primordiais”, afirma Catherine Powell, chefe global de Hospedagem do Airbnb.

“Estamos acompanhando tudo de perto e rastreando onde foram feitas as reservas. Tudo está sendo avaliado”, completa.

Procedimentos de segurança

De acordo com o site do Airbnb, o processo de integração para anfitriões é o mesmo na Ucrânia e no restante do mundo. Este processo inclui procedimentos como verificação de identidade e localização da propriedade.

Catherine pontua também que 90% dos anfitriões do Airbnb são pessoas físicas e detalhes sobe suas atividades podem ser acessados,  o que reforça a segurança. “No entanto, precisamos monitorar se esses indivíduos não estão ligados, por exemplo, a empresas de gerenciamento de propriedades”, destaca.

Os esforços para garantir alojamento temporário gratuito para refugiados estão sendo coordenados pelo Airbnb.org, organização sem fins lucrativos da empresa. Atualmente, a empresa tem mais de 30 mil anfitriões e mais 15 mil se inscreveram nos últimos dez dias. A executiva afirma que a empresa está trabalhando para aumentar este número e expandir a iniciativa durante o conflito.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Phocuswire