Nesta semana, teremos o que é chamado de “superquarta” na economia, quando o Copom (Comitê de Política Monetária), no Brasil, e o Fed (Banco Central Americano), anunciam suas taxas de juros. Por aqui, existe uma avaliação unânime do mercado de que a Selic terá queda de 0,5%, aponta a jornalista Míriam Leitão em sua coluna no O Globo.

A projeção é baseada na avaliação de 135 instituições financeiras, consultorias e bancos, ouvidos pelo jornal Valor. O corte na taxa básica de juros do Brasil começou em agosto do ano passado e desde então reduções sequenciais de 0,5% vêm sendo realizadas. Se a projeção se concretizar, o indicador chegará a 10,75% nesta semana.

No Brasil, o ano começou com surpresas positivas, com a atividade econômica vindo acima das projeções em vários indicadores, como comércio e serviços, o que levou muitos economistas a revisarem para cima a projeção do PIB (Produto Interno Bruto) para 2024. Por outro lado, a inflação também subiu mais do que o esperado, refletindo em custos como aumento das mensalidades escolares, alta no preço de alimentos, entre outros.

Perspectivas

Se há certeza sobre o corte de meio ponto percentual na Selic agora, a ansiedade do mercado é saber qual a sinalização que o Copom fará em seu comunicado. Até o momento, as indicações têm sido de novos cortes de meio ponto percentual, nas próximas reuniões, sempre no plural. A dúvida é se o texto continuará assim ou se será mais evasivo em relação à continuidade do ritmo de corte.

Entre os bancos, não há dúvida de que 2024 terminará com juros em um dígito. A mediana das projeções é de 9%. Com a queda da Selic, a economia é estimulada como um todo, e essa é a aposta do Ministério da Fazenda para o que puxará a economia ao longo do ano. Até porque, em 2024, a agricultura não será a força propulsora do PIB, como foi no ano passado. Assim, o catalisador do crescimento econômico será mais distribuído e vem da melhoria da atividade econômica, do crédito e do consumo.

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