Em março, o IIE-Br (Indicador de Incerteza da Economia), calculado pelo FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), caiu 0,7 ponto, chegando a 103,8 pontos — menor nível desde julho de 2023, quando o indicador foi de 103,5 pontos.

“A queda do indicador de incerteza em março foi determinada majoritariamente pelo recuo do componente de Expectativas, que, por sua vez, foi motivado pela redução na dispersão das previsões de mercado para a taxa de câmbio daqui a 12 meses. Novamente, a redução do nível de incerteza reflete os sinais de relativa resiliência da economia brasileira, com mercado de trabalho aquecido, inflação controlada e resultados favoráveis de algumas atividades setoriais nesse início de ano”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista do FGV Ibre, em comentário no relatório.

A economista ainda destaca que já havia uma discussão sobre o ritmo da queda da taxa de juros interna e do andamento da economia externa. Segundo Anna, tais fatores podem impactar os resultados do IIE-Br nos próximos meses.

Componentes

O IIE-Br é formado por dois componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento dos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA.

O componente de Mídia caiu 0,2 ponto, para 105,6 pontos, contribuindo com -0,2 ponto para o IIE-Br do mês. O componente de Expectativas encolheu 2,4 pontos, para 95,1 pontos, contribuindo com -0,5 ponto para o índice de março.

A coleta do Indicador de Incerteza da Economia brasileira é realizada entre o dia 26 do mês anterior ao dia 25 do mês de referência.

(*) Crédito da foto: Freepik