De acordo com levantamento divulgado pela FGV (Fundação Getulio Vargas), em parceria com a SPTuris (São Paulo Turismo), o Grande Prêmio de São Paulo de F1, realizado no último fim de semana, injetou R$ 1,3 bilhão na economia da capital paulista. O montante representa aumento de 29,8% na comparação com o ano anterior. Durante os três dias, mais de 250 mil pessoas passaram pelo Autódromo de Interlagos, na Zona Sul da capital paulista . Em impostos, foram arrecadados R$ 206,4 milhões, 30,4% acima da prova do ano anterior.

“Tivemos 15 mil empregos gerados, rede hoteleira lotada, excelente organização e muita emoção e diversão. O Autódromo de Interlagos recebe, além das provas de velocidade, shows nacionais, internacionais e grandes eventos de entretenimento. Muito orgulhoso pelos resultados trazidos em números que são um verdadeiro presente para a nossa cidade”, pontua o prefeito Ricardo Nunes.

De acordo com dados fornecidos ao Hotelier News pela OTA Insight, a demanda deste ano ficou bem acima da registrada em provas anteriores. “Historicamente, o fluxo maior de hóspedes se concentra de quinta-feira a domingo, mas o tempo de estadia está maior em 2022, com quase uma semana inteira de intenso movimento, o que para a hotelaria é muito bom”, pontuou Ricardo Souza, Lead Team da OTA Insight na América Latina. Ele também destacou que o alto movimento também foi acompanhado de crescimento nos preços.

Neste recorte, a alta ocupação se estendeu da Zona Sul até o Centro. “Pelo fato de o volume da F1 ser tão alto, toda a hotelaria da cidade se beneficia”, complementa Souza.

Perfil do público

Do público que compareceu ao autódromo para assistir ao GP de São Paulo, 70,2% eram de fora da capital. Destes, 45,5% vieram de outros estados e 4,6% do exterior. Em 2021, os números foram 64,4%, 39,9% e 3,1%, respectivamente. A presença feminina em Interlagos aumentou em 75,8%, passando de 20,7% para 36,4% de 2021 para 2022.

O público mais jovem também compareceu ao circuito neste ano, indo de 14,3% em 2021 para 21,3% em 2022. Já na faixa de 25 a 29 anos, o crescimento foi de 18,8% no ano passado para 22,8% neste ano. Dos 30 aos 39, a porcentagem caiu de 32,5% para 28,3% e na faixa dos 50 baixou de 9,1% para 8,3%.

(*) Crédito da foto: Sebastian Pociecha/Unsplash