As oportunidades estão aumentando para o crescimento da indústria hoteleira na América Latina. Isso porque os desenvolvedores estão avaliando prós e contras de construir novos empreendimentos, em comparação com a conversão de imóveis comerciais já existentes, aponta o CoStar.

Na conferência Hotel Opportunities Latin America, Osvaldo Marcelo Chudnobsky, sócio-gerente da Howarth HTL, disse que há escritórios no centro da cidade em países como Argentina, Brasil e Chile que estão sendo substituídos por inquilinos. Esses edifícios, segundo ele, são adequados para conversões de hotéis, que têm crescido consideravelmente no mercado latino, devido à sua localização.

“Um impulsionador de oportunidades de conversão são esses tipos de edifícios. A conversão para hotel não é muito dramática. Você não precisa fazer uma reforma muito intensa”, destaca o executivo. “Para construir um novo, leva tempo para licenças e demolição, além de aprovações para construção”, complementa.

Novas oportunidades

Carlos Crovato, vice-presidente de Desenvolvimento da Standard International para a América Latina, disse que encontrar um lote disponível e com preços razoáveis para construir um hotel novo pode ser impossível em alguns mercados. Nesses casos, as conversões aparecem como boas oportunidades. Ele ressalta, por exemplo, que a Cidade do México é outro local com abundância de escritórios vazios.

Brian Quinn, diretor de Desenvolvimento da Sonesta, pontua que existe potencial para assumir diversos edifícios de escritórios nos distritos financeiros do Brasil, Argentina, Colômbia e Peru. Os desafios a serem considerados com esses espaços são encanamento, estacionamento e, às vezes, leis de zoneamento, porque o prédio precisaria fazer a transição para uso 24h por dia. Por outro lado, em alguns casos, também permite que um proprietário entre com um espaço classe A ou B.

Dan Freed, diretor da Arcadis, acrescentou que o estacionamento na maioria dos locais não deve ser uma grande preocupação, já que as pessoas estão dirigindo menos para hotéis e confiando mais em empresas de compartilhamento de viagens. “Na América Latina, mesmo nas grandes cidades como São Paulo ou Buenos Aires, que já têm tantas marcas, eles sempre vão queres mais. Um aspecto que ajuda muito na negociação é trazer uma marca que cause encantamento”, finaliza Chudnobsky, ressaltando as falas dos demais desenvolvedores.

(*) Crédito da foto: Peter Kutuchian/Hotelier News