De acordo com relatório divulgado pela LE (Lodging Econometrics), os projetos de reforma aumentaram significativamente na hotelaria da América Latina no primeiro trimestre de 2023, surgindo como alternativa à queda do pipeline registrada no período, fechando em 62 empreendimentos e 11,7 mil quartos. As conversões de marca, por sua vez, aumentaram 22% por projetos e 6% por UHs na comparação anual, chegando a 67 propriedades e 9,4 mil acomodações.

Esse cenário é apoiado por dois grandes fatores. Primeiro, as a alta da inflação e dos juros reduz o apetite dos desenvolvedores imobiliários por novos hotéis. No Brasil, por exemplo, a taxa básica de juros foi mantida em 13,75% pelo Banco Central e, apesar de haver expectativa de queda para 12,5%, ainda é um percentual alto.

Segundo, esse movimento acaba por aumentar o número de conversões e reformas. Combinadas, as conversões de marca e os projetos de renovação aumentaram 63%, para um total de 129 projetos e 21,1 mil quartos no fechamento do trimestre. No período, as reformas e conversões de luxo e alto padrão representavam 47 empreendimentos e 8,7 mil quartos, ou 36% dos projetos de conversão e 41% das UHs no mesmo recorte. Em uma base percentual, a atividade de renovação e conversão nessas duas escalas de cadeia teve alta de 56% em hotéis e 29% em apartamentos.

Outros dados

No primeiro trimestre desse ano, a hotelaria da América Latina contava com 13 novas unidades, totalizando 2.053 quartos, abertos em toda a região. Os analistas da LE preveem outros 83 novos projetos hoteleiros, com 16.015 quartos para abrir entre o segundo e quarto trimestres, totalizando 96 novos projetos, com 18.068 acomodações, com abertura prevista até o final do ano. Para 2023, a projeção é de que 100 novos hotéis (15.007 quartos) abram região.

(*) Crédito da capa: Renan/Unsplash