De acordo com relatório divulgado pela LE (Lodging Econometrics), o pipeline de construção de hotéis na América Latina teve aumento de 2% em projetos e 3% em quartos no primeiro trimestre de 2023. Ao final dos três primeiros meses do ano, o número de empreendimentos estava em 546 (90.139 UHs), segundo o levantamento. Apesar do incremento trimestre a trimestre, no recorte anual houve queda de 3% em projetos e 2% em acomodações, corroborando com a retração global apontada pela STR em relatório recente.

O cenário é explicado pela inflação e juros altos na região, que tornam o cenário macroeconômico mais instável e impactam diretamente na construção de hotéis. Do número total de propriedades no pipeline, 226 (40.034 quartos) estão em construção em toda a América Latina. Para os próximos 12 meses, 160 hotéis (25,8 mil acomodações) estão programados para iniciar a construção, aumento de 8% no número de projetos e 17% em quartos, no recorte anual. O planejamento antecipado aumentou 11% em empreendimentos e 15% em acomodações no final do primeiro trimestre.

No período, foram anunciadas 30 novas propriedades (5,3 mil UHs), aumento de 5% no número de apartamentos em relação ao ano anterior.

Países em destaque

Os principais países no pipeline de construção da América Latina no primeiro trimestre deste ano foram México (210 projetos/35,2 mil quartos), Brasil (89 empreendimentos/15,4 mil UHs), República Dominicana (28 propriedades/6,5 mil apartamentos), Peru (27 projetos/3,3 mil apartamentos), e Porto Rico (17 hotéis/2,6 mil acomodações). Outros países com o mesmo número de propriedades são Costa Rica e Argentina.

As cidades da região com os maiores pipelines de construção incluem Cidade do México (24 projetos/2,8 mil quartos); Riviera Maya (17 projetos/2,3 mil UHs); Lima (15 hotéis/2.056 quartos); São Paulo (12 propriedades/2,8 mil apartamentos); e Georgetown (11 projetos/1,4 mil UHs).

A Marriott International segue liderando o pipeline na América Latina, com 105 projetos e 17,3 mil quartos. A Hilton Worldwide aparece em seguida, com 103 empreendimentos e 14, 1 mil UHs. Na terceira posição da lista, está a Accor (73 hotéis/9,1 mil apartamentos). Essas três empresas, juntas, são responsáveis ​​por 51% dos empreendimentos e 45% das salas do pipeline total de obras da região.

Os analistas da LE relatam que as principais marcas para essas empresas hoteleiras no fechamento do primeiro trimestre são ibis, bandeira econômica da Accor, Hilton Garden Inn, marca de luxo da Hilton, e Courtyard by Marriott, que também atua no segmento de luxo.

(*) Crédito da capa: Peter Kutuchian/Hotelier News