Na trilha do saldo positivo de empregos, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou hoje (31) os resultados da última edição de 2023 da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua). De acordo com o levantamento, a taxa de desemprego no Brasil atingiu 7,8% na média anual, menor patamar desde 2014.

No quarto trimestre de 2023, a taxa de desemprego ficou em 7,4%, queda em relação aos 7,7% registrados nos três meses imediatamente anteriores. Os números revelam aumento significativo no emprego formal e informal. O número de empregados com carteira assinada atingiu o patamar recorde de 37,7 milhões, crescimento de 5,8% em relação ao ano anterior. O contingente de empregados sem carteira no setor privado também mostrou aumento, alcançando 13,4 milhões de pessoas, alta de 5,9%.

O rendimento médio habitual cresceu 7,2%, atingindo R$ 2.979, incremento de R$199 em comparação a 2022. A massa de rendimento real habitual bateu recorde em 2023, chegando a R$ 295,6 bilhões, crescendo 11,7%.

Outros dados e considerações

O último ano surpreendeu positivamente com um desempenho acima do esperado na atividade econômica, especialmente no primeiro semestre, impulsionado pela safra agrícola, aponta a Folha.

Para o último trimestre de 2023, a pesquisa revela expansão significativa da população ocupada, atingindo o recorde da série iniciada em 2012, com 101 milhões de pessoas trabalhando. O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado chegou ao ponto mais alto da série, totalizando 37,973 milhões.

Apesar dos resultados positivos, analistas projetam uma possível desaceleração da atividade econômica a partir do final de 2023, o que pode impactar o mercado de trabalho em 2024. Causando incerteza, a economia não contará com o mesmo impulso da safra agrícola. Por outro lado, a expectativa é de que os níveis mais baixos de juros possam estimular a atividade econômica.

(*) Crédito da foto: Rawpixel.com/Freepik