O Brasil encerrou 2023 com um saldo positivo de cerca de 1,48 milhões de empregos formais, de acordo com dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego hoje (30). No período de janeiro a dezembro, foram realizadas 23,25 milhões de admissões e 21,77 milhões de desligamentos.

O setor de Serviços liderou o crescimento do emprego formal no período, com a criação de cerca de 886,2 mil postos. O comércio contribuiu com 276,5 novas vagas, seguido pela construção com 158,9 mil, indústria com 127,1 mil e, por fim, a agropecuária, com um saldo de 34,7 mil postos de trabalho.

O salário médio de admissão foi de R$ 2.037,94. Todas as 27 unidades federativas registraram saldos positivos em relação ao ano anterior, com destaque para São Paulo (390,7 mil postos, 3% a mais que em 2022). Além de SP, o Rio de Janeiro se destacou com a geração de 160,5 mil postos e crescimento anual de 4,7%, e Minas Gerais foi responsável por 140,8 mil vagas, 3,2% a mais que no ano anterior.

Nas regiões, o Sudeste liderou com 726,3 mil postos, seguido pelo Nordeste com 298,1 mil e Sul com 197,6 mil. O Nordeste teve o maior crescimento anual, gerando 106,3 mil postos no ano, 5,2% a mais do que o alcançado em 2022.

Em relação ao perfil dos trabalhadores, a maioria das vagas criadas em 2023 foi ocupada por homens 840,7 mil, enquanto mulheres ocuparam 642,8 mil novos postos. A faixa etária com o maior saldo foi a de 18 a 24 anos, com 1,15 milhão de postos.

Dezembro

Apesar do ano positivo, em dezembro, o Brasil registrou um saldo negativo de 430,1 mil postos de trabalho com carteira assinada. No último mês do ano, houve 1,5 milhões de admissões e 1,9 milhões de demissões, segundo o Caged.

O ajuste sazonal realizado no mês foi apontado como a razão para essa queda. Os cinco grandes grupamentos de atividades econômicas apresentaram saldos negativos em dezembro: serviços (181,9 mil), indústria (111 mil), construção (75,6 mil), agropecuária (53,6 mil) e comércio (7,9 mil postos).

(*) Crédito da foto: Reprodução/Mobills