Coronavírus - impacto hotelaria americanaTourism Economics prevê que fluxo de turistas chineses caia 25% em 2019

Em meio ao crescente número de vítimas fatais e infectadas, o coronavírus já é vista como ameaça real à indústria de viagens. Na hotelaria americana já existe até uma conta das possíveis perdas financeiras. Estudo da Tourism Economics calcula que a epidemia pode resultar em quase 8 milhões de room nights perdidas até o final de 2024.

A Tourism Economics informa que a estimativa é calculada a partir do impacto do SARS, vírus que provocou estragos em 2003. Adam Sacks, presidente da empresa, diz que uma eventual queda de 25% na chegada de chineses este ano significaria 4 milhões room nights a menos, além de perdas de US$ 5,8 bilhões em divisas.

Até 2024, segundo Sacks, a previsão é ainda pior. A hotelaria americana poderia perder 7,8 milhões de diárias, enquanto o país deixaria de ganhar US$ 10,3 bilhões em gastos de turistas chineses. "Considerando o número de voos e rotas já cancelado, não é uma previsão muito fora da realidade”, avalia.

Coronavírus: perdas no Brasil

Sacks avalia que, se os números se confirmarem, os 4 milhões de room nights perdidos representariam declínio de 0,3% na demanda hoteleira americana. A Tourism Economics estima ainda que a queda no número de visitantes chineses deve chegar a 885 mil este ano. Até 2024, o número poderia praticamente dobrar, atingindo 1,6 milhão.

No Brasil, é difícil calcular as perdas que a hotelaria poderia ter com a queda na chegada de turistas chineses. De qualquer forma, não seria nada muito significativo. Em 2018, por exemplo, apenas 56 mil visitantes do país asiático estiveram por aqui. Os números relativos a 2019 ainda não foram divulgados pelo MTur (Ministério do Turismo).

Apesar do número pequeno de casos suspeitos no Brasil, dentro dos hotéis a governança deve redobrar os cuidados com a limpeza. Já no setor de A&B (Alimentos & Bebidas), louças e talheres também precisam ser minuciosamente higienizados. Carnes e ovos também têm que ser bem cozidos. Saiba como identificar possíveis casos se prevenir no https://bit.ly/2Otdd4m.

(*) Crédito da foto: Kin Cheung/AP