Com o aumento do ritmo da vacinação contra a Covid-19, o brasileiro está vivendo uma realidade bem menos crítica em relação aos últimos dois anos, mas o momento ainda é de cautela. Diante da elevação do número de casos da doença em 15 estados, segundo boletim da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) decidiu pela volta da obrigatoriedade do uso de máscaras em aviões e aeroportos, que passa a vigorar a partir de hoje (25). A utilização do item de proteção havia deixado de ser exigida em agosto deste ano, quando passou a ser apenas uma recomendação.

De acordo com o relatório mais recente do Portal Coronavírus Brasil, o número de casos confirmados desde o início da pandemia ultrapassou 35 milhões. Neste ano, o crescimento da média móvel chegou a bater 300% em relação a dados de duas semanas atrás. O número de óbitos também voltou a apresentar saltos, revela a Folha de S. Paulo.

O diretor da Anvisa, que fez a proposta do retorno do uso das máscaras, comentou em seu voto as características de confinamento, grande circulação e aglomeração de pessoas de diferentes origens em aeronaves e terminais, sendo assim um ambiente propício para contágio pelo vírus. Em São Paulo, o governo do Estado e a Prefeitura decidiram retomar a obrigatoriedade do uso do item no transporte público a partir de amanhã (26).

O governo recomenda que a medida seja adotada por todos os municípios e reitera que é fundamental que a população esteja com o ciclo vacinal completo para assegurar maior proteção contra o coronavírus, segundo publicado no G1. Nas últimas duas semanas, o número de internações em enfermarias subiu 156%, enquanto nas UTIs o avanço foi de 97,5%.

O que muda?

Segundo a resolução da Anvisa, praticamente todos os brasileiros são obrigados a usar máscaras nos aviões e aeroportos. Apenas pessoas que possuem transtorno do espectro autista, deficiências intelectuais, sensoriais, que não possibilitem o uso adequado do item e menores de três anos estão dispensadas.

Além disso, a agência afirma que não são permitidas máscaras de acrílico ou plástico, com válvulas e também face shields (placas que cobrem o rosto) usados sem uma máscara associada. Na decisão da Anvisa, também é citada a proibição de uso de lenços, bandanas ou outros materiais no lugar da máscara. O item de proteção deve cobrir nariz e boca, e estar bem ajustado ao rosto, para evitar vazamentos.

Um estudo realizado pela USP (Universidade de São Paulo) avaliou a eficiência de filtragem de diversos tipos de máscaras comercializadas no Brasil e concluiu que as N95 ou PFF2 são as mais indicadas, com eficiência acima de 98%, seguidas pelas de TNT ou cirúrgicas (entre 80% e 90%).

(*) Crédito da foto: Reprodução/Prefeitura de Águas de Lindóia