Depois de um 2023 pujante, o ano de 2024 também parece promissor para o turismo. Pelo menos é o que revelam os dados publicados hoje (9) pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), em seu relatório “Panorama do Turismo”. De acordo com o levantamento, o volume de receitas alcançou o maior patamar para janeiro em 11 anos, totalizando R$ 43,50 bilhões em faturamento.

Se desconsiderados os efeitos inflacionários, a cifra representa avanço de 0,8% na comparação com 2023. Também merece destaque o fato de que o indicador já estar 3,5% acima do que era registrado no período anterior à pandemia de Covid-19. Com base nesses dados, a CNC ainda estima que o setor deva avançar cerca de 2,2% neste ano.

 

Gráfico do levantamento "Panoramas do Turismo" que descreve a evolução de receitas do setor

O levantamento ainda analisa os movimentos de preços — quando o assunto são hospedagens, os valores médios avançaram 0,6% na comparação com dezembro. Se olharmos para o acumulado em 12 meses, o incremento foi de 10,9% em janeiro.

As projeções da CNC também apontam para a criação de mais de 138 mil postos de trabalho no segmento. Nos últimos 12 meses, a quantidade de vagas oferecidas no setor de hospedagens aumentou em 5,1% .

Trafego aéreo

Combustível para o segmento de hospedagem, o trafego aéreo continua registrando números positivos. Um levantamento recente da IATA revelou que a demanda de passageiros na América Latina havia aumentado em 21% no ano passado, mas agora a CNC forneceu dados específicos do mercado brasileiro.

O trafego doméstico em janeiro deste ano segue abaixo do que registrado no mesmo período em 2020. O indicador fechou o primeiro mês deste ano em 8,18 milhões de passageiros transportados — número inferior aos 9,3 milhões movimentados na pré-pandemia. Entretanto, o trafego internacional caminha no sentido oposto, registrando avanço de 2,2% na mesma base comparativa.

(*) Crédito da capa: Pixabay

(**) Crédito do gráfico: Divulgação/CNC