Depois de realizar mais um ciclo de corte da taxa Selic, o BC (Banco Central) divulgou, hoje (6), dados que revelam uma redução sutil, mas relevante, nas taxas de juros médias sobre operações de crédito em dezembro. A instituição apontou, ainda, queda na inadimplência ao longo do último mês de 2023.

De acordo com os números apresentados, a taxa de juros média anual cobrada pelo sistema financeiro diminuiu 0,7% em relação ao mês anterior, atingindo 28,4%. O declínio foi acompanhado de um recuo de 1,7% ao longo do ano de 2023, aponta o Valor.

Especificamente para as pessoas jurídicas, a taxa de juros também registrou uma redução mensal de 0,7%, chegando a 18,4%. Já para as pessoas físicas, a queda foi um pouco mais expressiva, alcançando 0,8%, e totalizando 33,3%. No que diz respeito aos recursos livres, a taxa média de juros declinou 1,1%, atingindo 40,8%. Essa diminuição reflete um cenário de maior acessibilidade ao crédito para os consumidores e, consequentemente, para os investidores.

Além disso, o BC aponta que o spread, que representa a diferença entre as taxas cobradas pelos bancos nos empréstimos e o custo de captação desses recursos, também apresentou uma redução de 0,3%, totalizando 19,7%. Esse movimento foi observado tanto nas operações de crédito com pessoas físicas, onde o spread caiu 0,3%, quanto nas operações com empresas, onde houve uma queda de 0,5%.

No que se refere à inadimplência, houve uma diminuição de 0,1% no último mês de 2023, em comparação com o mês anterior, totalizando 3,3%. Tanto entre as empresas quanto entre as famílias, a taxa de inadimplência apresentou declínio, ficando em 2,7% e 3,7%, respectivamente.

Analisando o crédito por recursos livres e direcionados, a inadimplência ficou em 4,7% e 1,3%, respectivamente.

Juro do rotativo apresenta aumento

O BC divulgou, ainda, que os juros médios do rotativo do cartão de crédito subiram 6,4% em dezembro, alcançando 440,8% ao ano. No parcelado, houve aumento de 1,2%, chegando a 196,8%. O total do cartão caiu para 89,5%.

De acordo com a instituição, o teto de 100% do principal da dívida para os juros entrou em vigor em 3 de janeiro de 2024, após falta de acordo entre os bancos. Propostas de limitação para o parcelado e tarifas de intercâmbio estão em discussão, aponta o InfoMoney.

(*) Crédito da foto: 3844328/Pixabay