Alinhado ao aumento no uso de aplicativos de viagens para reservas, o Airbnb bateu mais um recorde de faturamento. Conforme divulgado pelo Phocuswire, a plataforma encerrou o terceiro trimestre com uma receita de US$ 2,9 bilhões. Além de representar aumento de 29% em relação ao mesmo período do ano passado, o número também constitui alta de 38% frente ao segundo trimestre deste ano (US$ 2,1 bilhões).

O resultado também configura o trimestre como o mais lucrativo da história do Airbnb. Ao todo, a empresa faturou US$ 1,2 bilhão, aumento de 46% em relação ao ano anterior, representando margem de lucro de 42%.

O valor bruto das reservas, por sua vez, cresceu 31% em relação ao mesmo período do ano passado, chegando a US$ 15,6 bilhões. O Ebitda ajustado também subiu, mas para US$ 1,5 bilhão, alta de 32% na mesma base de comparação e mais de 114% frente ao segundo trimestre deste ano (US$ 711 milhões).

Aposta no trabalho remoto e híbrido

Na avaliação do cofundador e CEO do Airbnb, Brian Chesky, as estadas de longo prazo e internacionais devem aumentar, em função do trabalho remoto e híbrido. “A flexibilidade veio para ficar”, afirma o executivo. “Acho que mais pessoas trabalharão remotamente ou de maneira híbrida daqui a cinco anos do que hoje.”

Os bons resultados da empresa caminham alinhados à desaceleração da economia, visto que a empresa vem verificando cada vez mais anfitriões na plataforma. Segundo Chesky, é um movimento semelhante ao que ocorreu durante a Grande Recessão. “As pessoas se voltaram ao Airbnb como uma forma de renda suplementar”, alega o CEO.

“O terceiro trimestre foi outro trimestre recorde, apesar dos ventos contrários macroeconômicos”, continua Chesky. “Os resultados do terceiro trimestre de 2022 demonstraram que o Airbnb continua a impulsionar o crescimento e a lucratividade em escala e, mesmo com a certeza macroeconômica, acreditamos que estamos bem posicionados para o caminho a seguir”, complementa o executivo.

Para isso, a empresa investiu mais de US$ 380 milhões em vendas e marketing, acima dos US$ 290 milhões na comparação anual. Recentemente, o Airbnb divulgou que a aposta da empresa para esse departamento é diferente das demais OTAs.

Outros dados

As estadas de longa duração e viagens não urbanas seguem garantindo bons resultados, segundo a empresa. A diária desta modalidade seguiu estável em relação ao ano anterior em 20% do total de diárias brutas reservadas, com a maioria ocorrendo na EMEA (Europa, Oriente Médio e África) e América do Norte.

Quanto às viagens urbanas e transfronteiriças, que eram destaque na pré-pandemia, aumentaram em 27% e 58% em relação ao ano passado, respectivamente, mas seguem abaixo dos níveis pré-pandemia.

Já as diárias e experiências reservadas cresceram 25% em relação ao ano anterior, se aproximando dos 100 milhões. A Ásia-Pacífico foi a região de destaque, devido à flexibilização das restrições da pandemia que estavam em vigor em 2021.

(*) Crédito da foto: freestock-photos/Pixabay