Apesar do tombo registrado em 2020, com prejuízos que chegaram a U$ 4,6 bilhões, o Airbnb começa a se reerguer. No primeiro trimestre de 2021, a plataforma de aluguéis de temporada viu sua receita subir 5% frente a igual período do ano passado. Vislumbrando novos horizontes, a empresa agora mira oportunidades em parcerias de casas inteligentes com três gigantes: Amazon, Google e Apple.

Segundo publicado pelo Skift, Dave Stephensen, diretor financeiro do Airbnb, disse em uma conferência de investidores da Nasdaq que vê boas chances de negócios na automação de tecnologia doméstica. O executivo ainda afirmou que a plataforma está atrasada no assunto e que o tema é ainda pouco explorado.

“Na verdade, estou muito otimista a longo prazo”, comentou, sem especificar sobre como o Airbnb pode trabalhar com hosts e esses candidatos a parceiros em tecnologia de casas inteligentes.

Da Nest à Alexa, Google, Amazon e Apple têm uma variedade de soluções para smart homes. Stephensen alega que tecnologias de casas inteligentes, assim como entradas sem chave, podem ser grandes geradores de receitas para a plataforma de aluguéis.

O Airbnb não tem uma política específica sobre como os anfitriões e hóspedes precisam trocar as chaves, e o processo varia muito. É discutível se a entrada sem chave, cuja praticidade e legalidade variam amplamente ao redor do mundo, aumentaria a segurança de ambos.

Airbnb: marca única

Embora Booking Holdings e Expedia Group, bem como Marriott e Hilton, tenham várias marcas, Stephensen considera mais eficiente operar uma marca globalmente. O diretor afirma que a plataforma não pretende fazer investimentos em marketing para submarcas. “Temos uma marca para alimentar – o Airbnb”, destaca.

O executivo ainda acrescentou que estadias de longo prazo também diferenciam o Airbnb dos concorrentes. Ele afirmou que a plataforma tem, em média, 4,5 noites por reserva – e isso seria mais longo do que uma reserva típica da era de viagens online.

(*) Crédito da capa: Pixabay