O sol está brilhando cada vez mais para a hotelaria paulista. Passados os piores momentos da crise, o estado acompanha seus indicadores voltarem a patamares mais saudáveis e com boas expectativas para o fim de ano. De acordo com dados da ABIH-SP (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de São Paulo), o mês de novembro reforçou a recuperação do segmento.

A 29ª pesquisa da entidade aponta saldo positivo nos três principais indicadores hoteleiros. Contudo, oito MRTs apresentaram queda na ocupação em relação a outubro. Em contrapartida, as microrregiões de maior representatividade registraram um bom desempenho, puxando a demanda para cima.

Na análise de diária média, apenas uma MRT apresentou retração. Por fim, quatro MRTs registraram queda em RevPar, com boa performance das demais, segundo a ABIH-SP. Destaque do mês foi a MRT da capital paulista, com 38% de aumento do RevPar em relação a outubro, impulsionado pelas demandas da Fórmula 1.

Novembro costuma ser o último mês de demanda corporativa de alta ocupação no estado. A partir de dezembro, o lazer ganha força com a chegada da temporada de verão.

São Paulo em números

A taxa de ocupação no estado ficou em 63,04% — alta de 2,64% frente a outubro, porém ainda -9,70% abaixo de novembro de 2019. Já a diária média encerrou o mês em R$ 366,49 — 3,60% acima de outubro e 13,85% superior ao mesmo período em 2019. Por fim, o RevPar da hotelaria paulista foi de R$ 231,04 — alta de 6,33% frente ao mês anterior e de 2,81% no comparativo com o pré-pandemia.

Em novembro, a ABIH-SP fez um levantamento junto aos associados acerca da intenção do movimento do quadro de funcionários. Cerca de 64,28% pretendem aumentar suas equipes, contra 35,72% que não desejam realizar contratações.

Dos hotéis que pretendem aumentar o quadro de funcionários, 36,67% devem fazê-lo de forma temporária. E 63,33% de forma efetiva.

Já o aumento de funcionários temporários proporcional ao total de hotéis chega a 23,25%. Em relação aos efetivos, o aumento é de 6,36%. A projeção de crescimento real do quadro de funcionários na hotelaria pós-temporada atingiu 4,02%.

(*) Crédito da foto: Rafael_Neddermeyer/Pixabay