Com a retomada de atividades econômicas, a taxa de desemprego no país vem diminuindo há algum tempo, a ponto de encerrar o segundo trimestre em 9,3%, menor patamar para o período desde 2015. O resultado, no entanto, constitui uma média da taxa de todo território nacional. Por este motivo, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou hoje (12) um recorde estadual, revelando que a desocupação teve queda em 22 estados no trimestre finalizado em junho.

Os demais estados registraram estabilidade, segundo os critérios da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua). Estes são: o Distrito Federal (11,5%), Amapá (11,4%), Ceará (10,4%), Rondônia (5,8%) e Mato Grosso (4,4%).

Em contrapartida, os estados que mais registraram mudança, com reduções de mais de três pontos percentuais, foram Tocantins, que foi de 9,3% para 5,5%, Pernambuco, de 17% para 13,6% e Alagoas, de 14,2% para 11,1%. Enquanto isso, em São Paulo, a taxa de desemprego seguiu a média geral do país, indo de 10,8% para 9,2%.

Já as maiores taxas de desocupação ficaram com três estados do nordeste, Bahia (15,5%), Pernambuco (13,6%) e Sergipe (12,7%). Por outro lado, os estados que registraram as menores taxas foram Santa Catarina (3,9%), Mato Grosso (4,4%) e Mato Grosso do Sul (5,2%), segundo o IBGE.

Número total e critérios

Ao todo, são mais de 10,1 milhões de desempregados no país até o fechamento do segundo trimestre. O número representa queda de 15,1% frente ao trimestre anterior (11,9 milhões), quando a taxa de desemprego encerrou em 11,1%. Apesar da melhora gradual da taxa, em função do avanço da vacinação de Covid-19 no país, o rendimento médio da população ainda dá sinais de fragilidade.

Vale ressaltar que as estatísticas oficiais consideram como população desocupada aqueles que estão sem emprego e seguem à procura de novas vagas. Os que não estão buscando emprego, portanto, não entram no cálculo. Além disso, o levantamento considera tanto o mercado de trabalho formal quanto o informal, isto é são avaliados desde empregos com carteira assinada e CNPJ até os populares bicos.

(*) Crédito da foto: Zanone Fraissat/Folhapress