Com início de operações em maio, o Tryp by Wyndham Brasília Nações é a mais nova aposta da dupla Wyndham Hotels & Resorts e Hotelaria Brasil na capital federal. Com a abertura, na verdade, as duas redes hoteleiras miram repetir – praticamente um ano depois – a parceria de sucesso que já possuem desde a inauguração do Ramada by Wyndham Brasília.

“Será nosso terceiro hotel em parceria com a Hotelaria Brasil, que conseguiu captar o melhor das nossas marcas e do nosso modelo de franquias nos projetos”, explica Hiram Della Croce, diretor regional de Operações da Wyndham para Brasil e Bolívia. “Será o primeiro hotel com elas a usar bandeira Tryp, que tem um perfil mais cosmopolita e nos deixa bastante otimistas em fazer frente às marcas já existentes no mercado de Brasília”, completa.

Reforçando a fala de Della Croce, Márcio Lacerda acredita que esse posicionamento diferente da marca Tryp complementará muito bem a oferta que a Hotelaria Brasil já possui na capital federal. “O público tradicional de Brasília está mudando, é mais jovem. Um bom exemplo é a renovação na Câmara dos Deputados”, comenta o presidente da operadora paulista, que se associou recentemente ao FOHB. “Então, uma bandeira mais moderna atenderá bem aos anseios desse novo perfil de cliente, complementando nossa oferta na cidade”, acrescenta.

Com 264 apartamentos, o Tryp by Wyndham Brasília Nações ocupa o terreno do antigo Hotel das Nações, que foi derrubado. Os quartos têm metragens variadas, distribuídas em quatro categorias: Standard, Executive, Premium e Master Suítes. Todas as UHs são equipadas com TV, cama super queen, cofre eletrônico, ar-condicionado, frigobar, secador de cabelo e estação de trabalho.

“É um projeto antigo e que, com a reconstrução, teve parte dele comercializada no modelo de condo-hotel”, informa Lacerda. “Metade do hotel, por exemplo, pertence à JCG Gontijo Engenharia, responsável pela incorporação do empreendimento”, complementa.

Momento

O hotel da dupla Wyndham e Hotelaria Brasil fará sua estreia em um bom momento do mercado hoteleiro nacional, que consolida a retomada dos padrões pré-pandemia. Della Croce revela, por exemplo, que os hotéis da gigante norte-americana no país tiveram um primeiro trimestre excepcional.

“Temos muitas unidades com perfil de lazer, segmento que está bastante aquecido. Outro mercado que impulsionou nossos resultados foi o de eventos, sejam corporativos ou de entretenimento”, comenta. “Acho que esse bom momento ainda é reflexo da demanda reprimida da pandemia. Nosso segundo trimestre também tem viés positivo, mas os últimos seis meses do ano ainda são uma incógnita”, completa Della Croce.

Quando falam em incertezas para a reta final do ano, os executivos da Wyndham e da Hotelaria Brasil se referem à possível perda de força (ou até mesmo o fim) da demanda reprimida que vem impulsionando o mercado. “Então, se a economia não acelerar, talvez uma tarifa tangível para o cliente neste momento não seja lá na frente. Ainda assim, sigo otimista”, diz Della Croce.

Já Lacerda destacou que o ciclo mais lento de desenvolvimento hoteleiros nos últimos anos, que mantém a oferta de quartos no país relativamente estável, passa a pesar a favor do setor. “Essa base não ter crescido nos ajuda com a diária média. Em paralelo, vamos acompanhar o que acontecerá com o Perse. O governo precisa elevar a arrecadação, mas entendemos que a melhor maneira dele fazer isso talvez não seja reduzindo benefícios fiscais. A melhor é aquecer a economia”, finaliza.

(*) Crédito da foto: Vinicius Medeiros/Hotelier News