O português Francisco Allegro gosta de se dedicar à família, passando o maior tempo possível com os filhos. Também é um grande apreciador da música em suas mais diferentes vertentes, principalmente do soul, passando por artistas como Aretha Franklin e Ray Charles.

Em seu tempo livre, gosta de ler e aprender sobre arquitetura e decoração. Mas seu repertório literário é bem mais extenso. Como indicações de leitura, aponta os livros Naufrágio, de João Tordo, e O Mágico de Auschwitz, de José Rodrigues dos Santos.

Atualmente, ocupa o cargo de gerente geral do Canopy by Hilton Jardins, na capital paulista. O executivo é formado em Gestão Hoteleira pela Escola de Hotelaria e Turismo do Porto e coleciona, no currículo, experiências em mais de cinco países, tendo atuado no Brasil, Uruguai, Argentina, Espanha e Portugal.

Na sessão de hoje (28) do Três perguntas para, o Hotelier News recebe Allegro para um bate-papo sobre as expectativas do hotel para 2022. Confira!

Três perguntas para: Francisco Allegro

Hotelier News: Atualmente, como está o processo de retomada no hotel? Houve impactos significativos por conta do cenário de instabilidade no início do ano?

Francisco Allegro: O nosso caso é particular, já que tivemos a abertura em 2021. Contudo, e tendo que contar com pouco histórico, estamos muito atentos aos diversos relatórios e recursos que a Hilton nos proporciona.

Atualmente, vemos que as variações positivas superam as negativas nos resultados de ocupação e diária média. Também somos igualmente otimistas e cautelosos com o resultado a curto e médio prazo e o ramp-up geral do setor. A variante Ômicron teve um impacto no setor de A&B (Alimentos & Bebidas) e nas festas de final de ano, assim como na operação do dia a dia.

Referente à ocupação e sendo um hotel de centro da cidade de São Paulo, o impacto sem dúvida foi mitigado por estar em baixa temporada, ou seja, não houve prejuízo muito significativo.

HN: Houve mudanças operacionais para atender às necessidades dos hóspedes nessa nova realidade da hotelaria? Se sim, quais?

FA: Sim, sem dúvida todo o setor teve que se adaptar às novas realidades de mercado, ao mix de negócio e de expectativas por parte dos nossos hóspedes. O nosso principal destaque vai para o lançamento de um novo programa, cujo intuito é garantir o padrão de limpeza e desinfecção em todas as propriedades Hilton no mundo.

A Hilton CleanStay, criada em colaboração com a RB – fabricante da Lysol e da Dettol, e a Mayo Clinic – baseia-se nos já altos padrões de limpeza e higiene em todos os empreendimentos globais da Hilton, onde os produtos de nível comercial são usados atualmente. Além disso, a iniciativa inclui novos protocolos para ajudar os hóspedes a desfrutar de um ambiente ainda mais limpo e seguro. Também introduzimos o programa EventReady, para a parte de catering e eventos.

HN: Para este ano, qual a principal prioridade do empreendimento? O hotel está conseguindo elevar a diária média proporcionalmente ao aumento da taxa de ocupação?

FA: Estamos otimistas com a estratégia traçada e com os resultados obtidos até agora. Vemos uma maior demanda no geral, principalmente o aumento do corporate e do regresso dos voos de cabotagem e internacionais,  que elevam nossas perspectivas. Contudo, continuamos cautelosos e atentos às fragilidades do momento, seja pelas novas cepas  ou da guerra na Ucrânia.

(*) Crédito da foto: Arquivo pessoal