Há 20 anos no setor hoteleiro, Danielle Soares se orgulha do currículo que tem. O começo como estagiária no Centro Escolar Turístico e Hoteleiro do Estoril, em Portugal, foi importante para balizar as expectativas da pernambucana. Casada desde 2000 e mãe de dois filhos, a profissional se formou em Turismo na Universidade Católica de Pernambuco, na capital.

Amante de viagens e praticante de corrida de rua, Danielle Soares equilibra o cotidiano acelerado com uma dose de endorfina. A gerente geral do Nobile Suítes Executive, em Recife, há nove anos, conhece cada canta da hotelaria. Em todos os anos de carreira, já passou por recepção, reservas, vendas e eventos, antes de assumir a gerência geral.

Entrevistada da seção Três perguntas para de hoje, Danielle Soares acumula também passagens pelo Comfort Hotel Ilha do Leite e Lg Inn Hotel (ambos em Pernambuco), além dos três anos como professora na Faculdade Santa Helena.

Três perguntas para: Danielle Soares

HN: Com o lazer puxando a demanda hoteleira no país, o hotel viu mudanças no perfil do público nos últimos meses? Ou já havia equilíbrio entre lazer e corporativo no empreendimento no pré-pandemia?

Danielle Soares: Até a chegada da pandemia, a cidade de Recife era destinada essencialmente ao corporativo, e mantinha uma ocupação expressiva de segunda a quinta-feira, e aos finais de semana tinha uma leve queda gradual. No cenário atual vivemos exatamente a inversão desses valores, ou seja, a ocupação têm se mantido mais alta aos finais de semana, impulsionada exatamente pelo público de lazer, tanto da própria cidade, quanto das cidades circunvizinhas, devido ao aumento do turismo rodoviário.

HN: Falando nele, como anda corporativo? Tem mostrado alguma reação em Recife?

DS: A retomada ainda é lenta. Acreditamos que haverá um crescimento na medida em que a vacinação for avançando e as empresas sintam-se mais seguras em realizar o deslocamento dos seus colaboradores. Outro fator importante para essa reação será a flexibilização de algumas medidas de enfrentamento como, por exemplo, a realização de eventos corporativos, sociais, reuniões, dentre outros.

HN: Fazer mais com menos tem sido o lema da hotelaria econômica e midscale no mundo todo. Como engajar a equipe neste propósito?

DS: Posso dizer que o entendimento da equipe aconteceu naturalmente a medida que fomos acompanhando o ápice da pandemia, a níveis inimagináveis de ocupação, e acabamos sendo obrigados a realizar redimensionamentos nos mais diversos âmbitos da empresa, inclusive no número de colaboradores. Realizamos treinamentos e diálogos sobre essa nova realidade, tanto a nível de protocolos de enfrentamento, quanto aos novos hábitos que precisávamos adquirir para sobrevivermos ao momento que estamos vivenciando. E até os dias de hoje perdura-se este engajamento e união dos nossos colaboradores.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Nobile Hotéis