Quando o Swan Generation foi pensado e concebido, a proposta era oferecer um hub composto por diferentes camadas de negócios. Muito além de um hotel, o empreendimento da Swan Hotéis chegava ao mercado para se tornar um ponto de encontro, pautado por tecnologia, eventos, gastronomia e inovação. Bem, os números não mentem e a propriedade vem registrando bons resultados.

No acumulado até julho, o Swan Generation teve incremento de receita de 63% em seu negócio como um todo frente ao mesmo período de 2019, quando a propriedade ainda não havia transformado seu modelo de negócios. Ao destrinchar os resultados, é possível entender como a hibridização do empreendimento funciona como engrenagens que se alimentam e impulsionam.

As hospedagens de long stay apresentaram crescimento de 53% na mesma base comparativa. As salas de coworking subiram 65% em faturamento, enquanto o estacionamento teve um salto de 67% em arrecadação. Entretanto, o destaque entre os nichos de atuação do hotel foi o A&B (Alimentos & Bebidas), que engordou 146%. A ocupação cresceu 11%, chegando a 78%, e a diária média aqueceu 28%.

“O modelo híbrido é para toda a comunidade que está aqui. Seja hóspede, cliente de eventos, morador, passante ou cliente do coworking. Todas essas camadas ajudam a potencializar o consumo dentro do hotel”, explica Gabriela Schwan, CEO da Swan Hotéis.

A executiva salienta que a diversidade de opções de serviço do Swan Generation o tornou um objeto de desejo em Porto Alegre. “No A&B, por exemplo, os clientes do coworking consomem o dia todo no restaurante. São consumidores em potencial que um hotel tradicional não tem e faz uma grande diferença”.

Para fomentar ainda mais o movimento no restaurante, o Swan Generation não atua com room service, mas procura fazer do local um ponto de encontro. “Aqui, o hóspede entra com a conta paga. Também disponibilizamos um mini market para compra de produtos ou o cliente pode adquirir fora e consumir no restaurante ou na cozinha comunitária”, acrescenta Gabriela.

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Tecnologia foi um diferencial, afirma a CEO

Investimentos em tecnologia

Segundo a CEO, o Swan Generation começou a acertar a mão no posicionamento tarifário a partir de março deste ano, após uma série de investimentos em tecnologia. Com mudanças robustas no time de RM (Revenue Management), o hotel trouxe ferramentas de distribuição e buscou novas plataformas para vender seu coworking.

“Buscamos soluções no mercado e no Turistech Hub encontrei uma plataforma para a distribuição do coworking que começou a rodar em maio. Com nossos investimentos em tecnologia, a expectativa para o segundo semestre é ainda melhor”, diz Gabriela.

Atualmente, 20% das vendas do Swan Generation acontecem via OTAs. Todavia, a Swan Hotéis vem aumentando sua margem de reservas diretas, uma vez que o hóspede cria uma relação de confiança com a marca. “Usamos as OTAs para abrir o produto para o mercado. Agora, o cliente já conhece o hotel e as reservas diretas estão acontecendo”, salienta a CEO.

Para 2023, a expectativa é de incremento de 55% na receita total do hub de negócios. Com o êxito do modelo híbrido, os planos da Swan Hotéis é transformar o Generation em uma marca hoteleira. “Queremos levar essa solução para o mercado. O Generation é um produto lifestyle que se difere dos demais hotéis, que atua com uma agenda aquecida de entretenimento e eventos”, finaliza Gabriela.

(*) Crédito da capa: Divulgação/Swan Hotéis

(**) Crédito da foto: Peter Kutuchian/Hotelier News