O avanço da vacinação e a flexibilização das medidas restritivas tem permitido a retomada gradual das atividades de diversos segmentos da hotelaria. Segundo o Sindihotel (Sindicato Intermunicipal de Hotelaria do Rio Grande do Sul), em Novo Hamburgo (RS), a alta do turismo de negócios tem contribuído para o reaquecimento do setor. Em levantamento recente, a Abracorp (Associação Brasileira das Agências de Viagens), apontou crescimento de 96% das viagens corporativas em setembro.

De acordo com Manuel Suárez, presidente do sindicato, o cenário é promissor e os primeiros sinais de recuperação do setor corporativo foram sentidos ainda no final do primeiro semestre deste ano.

“Em junho, nós começamos a observar uma crescente e, desde então, a região do Vale dos Sinos – Campo Bom, Novo Hamburgo e São Leopoldo – tem mantido uma boa sequência, com bons resultados”, pontuou.

Suárez destacou que atualmente o volume de ocupação na região tem superado 40% e chegado aos 50% nos hotéis de menor porte, com boa participação do turismo de negócios nestes percentuais. Para outubro e novembro, a expectativa é de que o volume de ocupação ultrapasse 60%.

“Empresas de diversos setores, como indústria de calçados, química, dentre outros, têm enviado seus colaboradores para trabalhar na região nos últimos quatro meses e, por conta disso, conseguimos projetar uma recuperação expressiva. Não conseguimos saber com exatidão por qual percentual o turismo de negócios responde, porque os eventos são sazonais, mas de qualquer forma temos percebido uma crescente significativa nesta demanda”, completou.

Sindihotel: setor prospecta recuperação total para 2022

Ainda de acordo com Suárez, mesmo com alta dos indicadores, ainda há um longo caminho até que o corporativo se recupere efetivamente. “Eu acredito que os números irão se manter a partir do ano que vem, no qual devemos chegar a um volume de ocupação similar a 2019, ano pré-pandemia”, disse.

Suárez destacou também que a gastronomia tem acompanhado naturalmente o aumento da demanda de negócios na região. “As perdas foram bastante significativas, mas as empresas estão conseguindo se reinventar e acompanhar este movimento crescente”, finalizou.

(*) Crédito da foto: Free Photos/Pixabay