Rede de acomodações alternativas, o Selina planeja dar um passo importante em seus negócios. Segundo divulgado pela Phocuswire, a cadeia de hospitalidade busca entrar no mercado de ações por meio de uma SPAC (Special Purpose Acquisition Company), companhias de capital aberto com a função de comprar outras empresas rentáveis através de fundos via IPO.

Lançada em 2015, a Selina está firmando parceria com a BOA Acquisition Corp, SPAC com sede em Nova York e receita bruta adiantada de US$ 285 milhões. A rede de hotéis espera alcançar um EBITDA positivo no primeiro trimestre de 2023 e faturamento de US$ 1,2 bilhão até 2025, com fundos que devem impulsionar sua expansão internacional e investimentos em tecnologia.

A transação deve ser concluída no primeiro semestre de 2022, quando as empresas combinadas, que devem ter um valor de cerca de US$ 1,2 bilhão, serão negociadas na Bolsa de Valores de Nova York como Selina Hospitality.

Selina: portfólio

A Selina tem 134 propriedades na América do Norte e do Sul, Europa e Oriente Médio. Recentemente, a rede anunciou novos empreendimentos no Brasil, em destinos como Bonito e Foz do Iguaçu.

A empresa visa trabalhadores remotos e nômades digitais com seu conceito de acomodação que identifica hotéis de baixo desempenho e os transforma em “centros culturais” para seu público.

Sediada em Londres, a Selina arrecadou um financiamento de cerca de US$ 350 milhões, incluindo US$ 100 milhões anunciados em abril de 2019, e planeja adicionar 40.000 novos leitos ao seu portfólio até 2025.

“Estamos buscando redefinir o futuro da acomodação criando uma marca e fazendo a curadoria de experiências que ressoem fortemente em nossos clientes. Os viajantes da geração Y e da geração Z estão procurando autenticidade e experiências de alto nível em cada etapa – eles querem estar imersos na cultura local de cada local que visitam”, afirma Rafael Museri, CEO da Selina.

“Selina está encurralando um grande mercado acessível ao fornecer acomodações e experiências que não são facilmente reproduzidas. A plataforma é altamente eficiente com a capacidade de escalar rapidamente e produzir unidades econômicas atraentes. A marca Selina transcende a hospitalidade e criou uma comunidade leal e um estilo de vida aos quais os clientes desejam pertencer muito depois de sua primeira estadia”, acrescenta Brian Friedman, CEO da BOA.

A rede lançou recentemente um serviço de assinatura chamado Nomad Passport, permitindo que os visitantes permaneçam em qualquer uma de suas propriedades pelo tempo que quiserem com acesso a coworking, eventos locais e atividades de bem-estar.

No ano passado, a empresa adquiriu a Remote Year, uma empresa com sede em Chicago que oferece programas para clientes morarem e trabalharem em diferentes cidades.

(*) Crédito da foto: reprodução/Phocuswire