Em uma sequência de iniciativas para turbinar seu capital, o Selina também teve respostas positivas em suas operações. Impulsionada pelo aumento de leitos em novos destinos, taxas de ocupação elevadas e um RevPar mais robusto, a rede vem incrementando suas ofertas de hospedagem, com acomodações inovadoras e apostas gastronômicas ousadas.

Em entrevista à reportagem do Hotelier News, Fernando Freitas, country manager para o Brasil, ressalta que, por se tratar de uma empresa de capital aberto, o Selina apenas divulga resultados globais.

A receita total do segundo trimestre de 2023 foi de US$ 52,5 milhões, aumento de US$ 7,2 milhões, ou 15,9% no comparativo anual. Isto se deve ao plano de melhorias de negócios e reorganização de equipe iniciado no período.

A taxa de ocupação teve aumento de 12% no segundo trimestre de 2023 (51,43%) em comparação ao mesmo período do ano passado (45,9%). Segundo o executivo, a demanda aquecida foi uma combinação de fatores. “Devido à maior notoriedade e fidelidade à marca, uma força de vendas regional dedicada com equipes comerciais, e o tempero contínuo das nossas propriedades recentemente inauguradas”.

Já a receita total anualizada por espaço de cama teve aumento de 7,5% no segundo trimestre de 2023 (US$ 6.931) em comparação com o mesmo período de 2022 (US$ 6.448), impulsionada pelo crescimento na ocupação e pela expansão proveniente dos mercados desenvolvidos.

Olhando para o primeiro semestre de 2023, o Selina registrou receita de US$ 106,7 milhões, alta de 23,4% em comparação com o primeiro semestre de 2022. “Para o segundo semestre de 2023, o Selina continuará guiada pelos três imperativos estratégicos com os quais iniciamos o ano: melhorar o fluxo de caixa, avançar em direção à rentabilidade e construção e consolidação da marca”, diz Freitas.

Selina - Fernando Freitas

Força de vendas regional foi diferencial, diz Freitas

O trunfo do perfil de público

Como uma cadeia de hotéis orientada aos viajantes das gerações Y e Z, o Selina colhe bons frutos das buscas por experiências e conexões. Atraindo um público diverso, como os nômades digitais, a rede viu sua ocupação estrangeira subir no primeiro trimestre. No Brasil, turistas internacionais já representavam 62% da demanda nas propriedades do grupo.

“Hoje, o viajante está mais exigente e, muito além de qualidade de serviço, busca por uma experiência marcante e inesquecível. O que para nós é positivo. Somos conhecidos por estarmos sempre atentos às tendências e nossas locations refletem isso”, analisa Freitas.

O country manager salienta que, globalmente, o Selina já atua com taxas de viagens acima dos índices de 2019. “Nesse sentido, atualmente, temos visto as locations do Brasil com suas hospedagens ocupadas 70% por viajantes estrangeiros nas estações mais quentes do ano”.

Distribuição e investimentos

Freitas destaca que o incremento na taxa de ocupação foi catalisado pela força de vendas regional e equipes comerciais. Em seu balanço financeiro, o Selina não divide as reservas diretas de comercialização via canais intermediários. Entretanto, o executivo pontua que a rede aposta em estratégias de marketing totalmente direcionadas para o público final.

Com nove unidades no Brasil, a rede busca extrair o melhor de cada destino, com inovações constantes em suas estruturas. Recentemente, o Selina Paraty lançou uma acomodação em formato cilíndrico, abrindo seu leque de opções de hospedagens.

“Já em Floripa, temos uma location mais focada em esportes radicais, afinal, estamos falando da capital nacional do surf. No Selina Búzios, temos o restaurante Rolling Chef em parceria com chef locais, o único com gastronomia vegana na cidade”, salienta o executivo. “Cada vez que inauguramos uma location, é importante trazer história, cultura, conhecimento para os hóspedes ou visitantes”, finaliza.

(*) Crédito das fotos: Divulgação/Selina