Em abril, a taxa de ocupação dos hotéis de Salvador ficou em 54,06%, segundo levantamento da ABIH-BA. A diária média, por sua vez, foi de R$ 503,82, resultando em um RevPar de R$ 272,35, patamar abaixo do mês anterior (R$ 287,34), mas superior ao mesmo período em 2022 (R$ 232,87).

Os resultados foram impulsionados pelos feriados ocorridos no período e pela demanda reprimida, que vem se manifestando com força nos últimos meses. Por outro lado, os indicadores ainda não atingiram o nível pré-pandemia, devido à retração observada nos voos internacionais e os altos preços das passagens no plano doméstico.

A entidade aponta que, em relação à ocupação, houve queda em relação ao mês anterior (58,33%) e frente ao mesmo período de 2022 (56,79%). Já a diária média teve crescimento nas duas bases comparativas, superando março deste ano (R$ 492,59) e abril do ano passado (R$ 410,08).

Perspectivas

Luciano Lopes, presidente da ABIH-BA, diz que o turismo de negócios é fundamental para movimentar a hotelaria da capital baiana neste período pós-verão. “O setor de eventos tem grande importância estratégica para sustentar as atividades e empregos gerados pelo turismo nessa baixa temporada”, destaca.

Segundo levantamento divulgado em janeiro, Salvador fechou 2022 com RevPar de R$ 258,82, ocupação média de 57,18% e diária média de R$ 452,64. No período, foi observada a presença marcante do público doméstico em substituição ao mercado internacional, retraído pela escassez de voos e inseguranças geradas pelas oscilações da pandemia. Lopes acredita que a tendência é de melhora para este ano.

“As expectativas seguem de forma positiva, apesar do aumento do preço das passagens aéreas. O setor espera desempenho igual ou superior ao obtido antes da pandemia, potencializado pelo turismo de negócios, com a confirmação de diversos eventos na cidade”, finaliza.

(*) Crédito da capa: digasalinas/Pixabay