Em coletiva realizada nesta quarta-feira (10), Carlos Alberto Chaves, secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, afirmou que o governo estadual analisa a ideia de barrar turistas para tentar frear a escalada da pandemia no estado. A estratégia, de acordo com o secretário, acompanha o quadro crítico do SUS (Sistema Único de Saúde), que chegou a 95% dos leitos ocupados nesta manhã em território fluminense. As informações são do G1.

Contudo, segundo Alexandre Sampaio, presidente da FBHA (Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação), o posicionamento oficial, por enquanto, é de manter fronteiras abertas. “Temos a confirmação do secretário de Turismo do estado, Gustavo Tutuca, de que o Rio de Janeiro acompanha a situação da pandemia e não decidiu fechar nada”, afirmou.

A medida de proibir a entrada ou não dos viajantes será, de fato, definida na sexta-feira (12), em reunião de Chaves com Cláudio Castro, governador em exercício no Rio de Janeiro. “É hora de turismo aqui? É hora de samba na praia?” foi o que questionou o secretário durante o encontro de hoje.

No vídeo abaixo, Tutuca explicou que o governo não tem previsão no que diz respeito ao fechamento das fronteiras. Veja:

Hotelaria no Rio de Janeiro

Em paralelo,  uma nota oficial divulgada à imprensa pela Hotéis Rio explica que as novidades não são boas para o segmento em março. Segundo a entidade, a previsão é que este mês seja marcado, principalmente, pelo esvaziamento de hóspedes de lazer.

Isso, com certeza, prejudica a retomada que se desenhava para o estado após melhora na ocupação durante o Carnaval. Procurado pela reportagem, Alfredo Lopes, presidente da Hotéis Rio, não se manifestou até o momento da publicação (17h50).

Panorama

Por fim, Chaves confirmou que não irá reabrir hospitais de campanha, mas o estado deve dispor de mais 90 leitos para a rede pública ainda este mês.

No período de 24 de fevereiro a 9 de março, o estado contabilizou pouco menos de 24 mil casos e quase 1,5 mil mortes. No total, são 597.136 mil casos e 33.824 mil mortos em um ano de pandemia. Os dados são da Universidade Johns Hopkins, que fornece dados da pandemia ao Google.

(*) Crédito da foto: Desert Morocco Adventure/Unsplash