Daniel Santos, um dos diretores da Nacional Inn
(fotos: Filip Calixto)

Empresa criada em meados da década de 1970, a Nacional Inn alcançou esta semana, com mais uma inauguração, o número 51 na contagem de hotéis administrados. A novidade está em Sorocaba, interior paulista, mas o modelo de negócios segue o mesmo desde a fundação. O executivos oriundos de Poços de Caldas, Minas Gerais, seguem enxergando em meios de hospedagem próprios a principal maneira de expandir e seguir colecionando aberturas. Nessa unificação de papéis, a corporação fica resonsável pela construção, pelos investimentos e pela operação hoteleira.

Tudo é feito em consentimento com a família, que é a verdadeira dona da rede hoteleira. De acordo com os representantes da empresa, essa foi a maneira de trabalhar encontrada pelas pessoas que gostam de ser as "donas dos tijolos" que estão em cada prédio.
 
"É o modelo de negócios escolhido. Temos duas frentes – uma imobiliária e outra hoteleira – cuidando especificamente dessas atividades. Com isso detectamos as oportunidades de investimentos e terceirizamos para nós mesmos a operação desses meios de hospedagem", elucida Daniel Santos, um dos diretores e também herdeiro da companhia. De acordo com ele, essa foi a forma mais rentável de trabalho encontrada e faz com que os negócios permaneçam em família.

Na realidade, a Nacional Inn já teve experiência com arrendamento de hotéis. Num primeiro momento, administrou um prédio que depois foi integrado ao grupo e, num outro episódio, entregou a operação de uma de suas propriedades a uma grande cadeia. Ambas as experiências não parecem ter deixado boa lembranças e, atualmente, não há outro pensamento que não o de ser o dono do patrimônio. 

Para que isso aconteça, os diretores permanecem com o radar de oportunidades ligado, prontos a investir. Como exemplo dessa aptidão, a empresa inaugurou, recentemente, três empreendimentos em Foz do Iguaçu (PR), até então um destino não pretendido. "Estamos atentos a oportunidades de mercado", diz Santos reafirmando que os investimentos não estão atrelados a destinos com demanda de momento, mas com ofertas interessantes de propriedades que possam ser adquiridas.

O novo hotel da empresa em Sorocaba

Nesse formato, os executivos garantem que quase todo o lucro obtido é revertido em novos investimentos, alimentando a engrenagem de expansão que este ano deve ter mais hotéis inaugurados. 

Questionado sobre o tempo de retorno que esses hotéis podem dar, levando em consideração todo o processo que se dá até o funcionamento, o diretor pondera que tudo depende muito da localização e do imóvel. Apesar disso ele admite que, em média, o retorno chega num prazo que vai de sete a dez anos. 

Perfil da Nacional Inn
Segundo os números da companhia, o principal filão atendido por eles é o viajante do segmento corporativo, com 80% do total de clientes atendidos em todas as unidades. 

Para equilibrar um pouco mais essa conta, a empresa começa apostar mais em parcerias com agências de viagem – buscando o hóspede de lazer – e construindo empreendimentos cujo apelo está na área de eventos – o caso da novidade em Sorocaba indica isso.

Serviço
www.nacionalinn.com.br