Os economistas do mercado financeiro elevaram a projeção da inflação para 2024, passando de 3,86% para 3,87%. Para este ano, a estimativa ficou estável em 4,86%, aponta o G1. As informações constam no relatório Focus divulgado hoje (2) pelo Banco Central.

O levantamento ouviu mais de 100 instituições financeiras na semana passada sobre as projeções para a economia brasileira. A estimativa dos analistas para a inflação de 2023 ainda segue acima do teto da meta definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), de 3,25%. Ela será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,75% e 4,75%.

Já para 2024, a meta é de 3% e será considerada cumprida se variar entre 1,5% e 4,5%. Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, o Banco Central está mirando, neste momento, na meta do ano que vem e no objetivo, em 12 meses, para o início de 2025.

Expectativas

Se a projeção do mercado financeiro se confirmar, este será o terceiro ano consecutivo de estouro da meta de inflação, ou seja, no qual o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) fica acima do teto fixado pelo governo. Em 2022, a inflação somou 5,79%.

Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente em grupos que recebem salários menores. Isso porque os preços dos produtos aumentam sem que os salários acompanhem esse crescimento.

Para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2023, o mercado financeiro manteve a previsão de crescimento estável em 2,92% na semana passada. Para o ano que vem, a projeção também permaneceu inalterada, em 1,50%. A previsão de crescimento da economia acontece após o anúncio de alta da economia de 0,9% no segundo trimestre, bem acima das expectativas dos analistas.

Para o fim de 2023, o mercado financeiro manteve a projeção para a taxa Selic em 11,75% ao ano. Para o fechamento de 2024, a expectativa do mercado para o juro básico da economia seguiu em 9%. Atualmente, o indicador está em 12,75%.

(*) Crédito da foto: eduardosoares/Pixabay