A inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), teve alta em fevereiro, chegando a 0,83%, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgados hoje (12). O percentual ficou acima da mediana das projeções levantadas pela Bloomberg, de 0,79%, aponta a Folha de São Paulo.

Em janeiro, o IPCA registrou alta de 0,42%. No primeiro mês do ano, os preços ao consumidor surpreenderam o mercado e foram impulsionados principalmente pela elevação no valor dos alimentos e bebidas, impactados pelo fenômeno climático El Niño. Com o novo resultado de fevereiro, a inflação brasileira acumulou elevação de 4,5% nos últimos 12 meses, acima dos 4,44% projetados pelo mercado.

Perspectivas

Para este ano, o centro da meta de inflação perseguida pelo BC (Banco Central) em suas decisões de juros é de 3%. A tolerância é de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Ou seja, a meta será considerada cumprida se o IPCA ficar no intervalo de 1,5% (piso) e 4,5% (teto).

Segundo a última edição do boletim Focus, do Banco Central, que reúne projeções de especialistas para os principais indicadores da economia brasileira, a expectativa para o IPCA de 2024 subiu de 3,76% para 3,77%. Já para 2025, os economistas mantiveram a projeção em 3,51%.

O centro da meta oficial para a inflação em 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. A mediana do PIB (Produto Interno Bruto), por sua vez, subiu de 1,77% para 1,78%, quarta alta seguida nas previsões, destaca a Folha de São Paulo. Para o próximo ano, os economistas mantiveram a expectativa em 2%. No ano passado, o PIB surpreendeu as expectativas do início do ano com alta de 2,9%. Para câmbio e Selic, as projeções foram mantidas.

(*) Crédito da foto: Pixabay