Chieko Aoki, presidente da Blue Tree Hotels
(foto: Juliana Bellegard)

Um dos principais nomes da hotelaria brasileira, além de anfitriã do evento, Chieko Aoki foi a segunda palestrante do Hotel Bizz. A presidente da Blue Tree Hotels falou sobre as mudanças no cenário mundial e os reflexos disto no mercado hoteleiro e, mais especificamente, na gestão de pessoas. "Nada mais importante do que as pessoas crescerem e fazerem carreira", diz, destacando o fator humano como centro do desenvolvimento das empresas.

As transformações trazidas com a globalização e a tecnologia afetam o funcionamento da forma que se trabalha o negócio – a atitude é primordial para o andamento de uma companhia. Por outro lado, os profissionais estão visíveis para todos, e por isso é necessário que eles mostrem-se bons todos os dias, mostrem sua competência no âmbito de trabalho e também como indivíduo. Citando Peter Drucker, a executiva explica que, inicialmente, os trabalhadores eram o corpo; depois, cabeça; e agora, coração. "A alma é o grande diferencial", define.

Por conta deste cenário, algumas práticas são essenciais, como o fortalecimento do sentimento de pertencimento por parte do colaborador, e incentivar sua autonomia e criatividade. "Fuja do hábito, busque pensar em outras formas de se trabalhar", aconselha. A atitude que se cobra de cada membro de sua equipe é fruto do ambiente que se cria – "mais do que motivação externa, temos que dar motivação interna. É necessário mostrar ao colaborador que seu trabalho tem valor, tem uma lógica dentro do propósito daquela empresa", aponta ela, destacando ainda a importância de um ambiente participativo.

O trabalho da liderança também é estratégico, e Chieko Aoki compara a relação deste com sua equipe à dinâmica da linha e da agulha. "A linha só vai onde a agulha vai, então o líder tem uma grande responsabilidade", define. Além de haver uma combinação de itens e tamanhos certos, evidenciando a necessidade de avaliar a formatação exata de sua equipe, a metáfora também aponta para a ideia de servir um propósito comum. Segundo a executiva, é esta a função do líder: humanizar as relações, criar valor para as pessoas. Ele deve se perguntar, entre outras coisas, se contribuiu para os propósitos da companhia e se conseguiu fazer com que os protagonistas sejam auto-motivados.

A executiva ainda destacou uma frase do psicólogo William James, que pode ser aplicada tanto à gestão de pessoas quanto ao espírito da hospitalidade: "A natureza humana mais profunda é a necessidade de sentir-se importante, apreciada e única".

Serviço
www.hotelbizz.com.br