Governo quer criar programa focado na redução das passagens aéreas
13 de março de 2023O alto preço das passagens aéreas tem sido um dos grandes obstáculos no processo de recuperação total do turismo. Por isso, o Governo Federal, por meio do Ministério de Portos e Aeroportos, anunciou que criará um programa com o objetivo de reduzir as tarifas. A iniciativa será destinada a aposentados, servidores públicos e estudantes. A proposta do ministério é ocupar vagas ociosas nos voos com preços populares, revela o Correio Braziliense.
O ministro Márcio França destaca que o pedido do presidente Lula (PT) é ter mais passageiros e aeroportos, com mais pousos de aviões de carreira. “O plano está montado, agora é uma questão de o governo concordar. Será uma revolução na aviação brasileira. A meta é encontrar passagens a R$ 200 o trecho e R$ 400 ida e volta, de qualquer lugar do país”, pontua.
“O que estamos buscando é comprar a ociosidade dos espaços. As companhias brasileiras chegam na faixa de 30 milhões de passageiros cada, operando com 78% a 80% das vagas ocupadas. Outras 20% saem vazias. Eu quero essas vagas para as pessoas que não voam”, completa.
O programa
França afirma que a venda dessas passagens aéreas deverá ser realizada por meio de um dos bancos federais. “Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, tanto faz. Isso será destinado a pessoas que já têm a renda veiculada conosco, estudantes são a exceção. Temos que encontrar um mecanismo de financiamento. Ajuda a aviação, as pessoas vão poder voar. Lembra aquela história de que aeroporto era rodoviária? Isso se dá com o crescimento econômico”, aponta.
“Quem vai comprar essas passagens é o aposentado e pensionista da previdência, servidores públicos com salário de até R$ 6.800,00 e estudantes. Duas passagens por ano. Cada usuário terá direito a duas passagens por pessoa, ou seja, você pode comprar para você e sua esposa, para você e para o seu filho. Ou seja, duas idas e voltas para qualquer lugar, quatro pernas por R$ 200 cada, R$ 800 em 12 prestações de R$ 72,00. Essa é a meta. Tira dezembro, janeiro e julho. São 14 a 15 milhões de passagens por ano por R$ 200”, endossa.
O ministro ressalta também que as passagens aéreas disponibilizadas pelo programa serão subsidiadas por meio de parcerias com as empresas aéreas para vender o espaço excedente. “No fundo, isso já existiu. A Caixa Econômica fez isso, muitos anos atrás, com um programa chamado Melhor Viagem, destinado a idosos. Conversei com o presidente do banco, acho que vai ser fácil. O que importa é a decisão política e as três companhias (Latam, Gol e Azul) têm que querer”, finaliza França.
(*) Crédito da capa: iStock