A modernidade chegou e, com ela, surgem diferentes plataformas que influenciam nas decisões dos viajantes. Por conta disso, também há muito burburinho se determinada ferramenta fica obsoleta e será substituída por outra. Com a expansão do TikTok e as novas tecnologias de chatbots e inteligência artificial, como o ChatGPT, até mesmo o Google e seu motor de buscas de viagens passaram a ser questionados.

De fato, os consumidores mais jovens tendem a preferir os curtos clipes de vídeos do TikTok em relação às páginas e páginas de resultados do Google para novas descobertas turísticas. De acordo com o Phocuswire, no entanto, a questão é muito mais sobre a verticalização da pesquisa do que uma plataforma substituindo outra.

É evidente que os executivos do Google estão preocupados com a perda de relevância de seus produtos, e por isso, estão tomando medidas para reforçar a funcionalidade para garantir que isso não aconteça. Até mesmo os fundadores Larry Page e Sergey Brin foram trazidos de volta aos escritórios para ajudar a construir seu mecanismo de busca baseado em IA da próxima geração.

Também é comum plataformas serem predominantes em certos segmentos, como o TikTok é para vídeo, WhatsApp para mensagens, Instagram para fotos e Amazon para varejo. Contudo, o Google é um metabuscador, ou seja, indexa (ou, pelo menos, tenta indexar) tudo que é possível de todas as outras plataformas. Tanto é que em 2022, a gigante de tecnologia passou a incluir conteúdo do TikTok em alguns resultados de pesquisa, pois percebeu que atendia a demanda de certos grupos de usuários.

O YouTube, que é uma propriedade do Google, por exemplo, tornou-se uma potência de publicidade em vídeo, impulsionada pelo isolamento durante a pandemia. Levando o potencial dessas redes em conta, algumas empresas, como a Trip Scout, trabalham para transformar plataformas de mídia social como o Instagram em um canal de funil inferior para marcas.

Decisão de compra

Embora exista alguma preocupação para o futuro distante, as viagens são compras que devem ser bem planejadas. Em inúmeras ocasiões, o Hotelier News apresentou estatísticas que demonstram como clientes visitam dezenas de sites antes de fazer uma reserva. Isso quer dizer que os profissionais de marketing precisam ter um controle sólido sobre a demografia e preferências de seus clientes para saber onde atribuir o orçamento nesses canais.

Considerando isso, o Phocuswire acredita que seja mais provável que 2023 seja o ano em que os profissionais de marketing passem a entender melhor seus modelos de atribuição, em vez de ver o Google desaparecer com um dos principais impulsionadores de tráfego e receita.

(*) Crédito da foto: firmbee/Unsplash