Durante a pandemia, a GAV Resorts se consolidou no segmento de multipropriedades, com oito empreendimentos lançados, sendo três já em operação. Em 23 de dezembro, a empresa aumentou esse número ao iniciar as vendas de parcelas do Jeriquiá Lagoa Resort. O projeto dá um vislumbre dos lançamentos previstos para o próximo ano e contribui para o desempenho da rede em 2023, cujas projeções estão bastante otimistas.

Localizado em frente à Lagoa do Paraíso, nas proximidades da praia do Preá e da Vila de Jericoacoara, o Jeriquiá é o terceiro lançamento da empresa na região Nordeste. A propriedade conta com 56 mil metros quadrados (m²) de área e estrutura para 300 unidades, entre bangalôs e apartamentos, divididos em três blocos. O resort também investe na inclusão ao disponibilizar nove acomodações para portadores de deficiência e áreas comuns adaptadas.

“O Nordeste é um polo de turismo mundial, onde estão localizados alguns dos paraísos naturais mais lindos do mundo, uma região estratégica para o nosso negócio, que é pautado em férias e lazer”, explica Manoel Pereira, CEO da GAV Resorts. “O Jeriquiá Lagoa Resort é apenas o primeiro de outros empreendimentos que levaremos para o Ceará”, antecipa.

Entre os atrativos disponibilizados pelo empreendimento estão o restaurante, bar molhado, salão de jogos, espaço zen, ofurô, sala de dança e o Club House, parte social do resort. Neste espaço, estão localizados academia, cinema, brinquedoteca, pet play, além de jogos de dama e xadrez em tamanho humano.

Pereira ainda revela que a próxima inauguração será em Porto de Galinhas (PE). Em seguida, serão anunciados empreendimentos em Pirenópolis (GO) e em Salinópolis (PA) para 2025, e em Gramado (RS) e Jericoacoara (CE).

Pereira revelou os próximos passos da GAV

Desempenho e expectativas

Em dezembro de 2022, a GAV Resorts atingiu a marca de R$ 2 bilhões em valor vendido. Para 2023, a empresa espera que este número chegue a R$ 4 bilhões. Para isso, a rede de multipropriedade está investindo na força de comercialização, catalisada pela abertura de quatro salas de vendas apenas no mês passado. Para este ano, a expectativa é de abrir mais 12 pontos em diversos estados do país.

Na visão de Pereira, a GAV Resorts se beneficiou do fato de o mercado de multipropriedade não ter sido tão impactado pelo turbulento cenário econômico pós-pandemia. “Como nosso negócio não envolve banco, o impacto da mudança de juros não afeta tanto. A longo prazo, é possível que venha a ser impactado indiretamente, mas nossas expectativas não poderiam ser melhores”, alega o CEO.

Ainda que o custo das obras tenha aumentado bastante nos últimos anos, Pereira acredita que o pior já passou, considerando o momento atual de deflação. “Acredito que o Brasil está melhor que muitos países do mundo. Embora o turismo nacional esteja engatinhando, tem tudo para crescer, pois há espaço para isso”, infere o executivo.

“Nosso objetivo é depender o mínimo possível de capital externo. Buscamos sempre desenvolver empreendimentos que perfomem rápido e que não dependem de aporte de terceiros”, explica Pereira. “É por este motivo que temos endividamento baixo no nosso negócio”.

“A multipropriedade é totalmente nova no Brasil, com presença em poucos destinos. Porém, acredito que deve impulsionar o turismo brasileiro, oferecendo uma qualidade de hospedagem que demoraria anos para desenvolver”, avalia Pereira. “A vantagem é que reduz muito a sazonalidade local. Como vendemos como uma segunda residência, os clientes normalmente pegam o lugar em baixa temporada e alugam em alta”, finaliza.

(*) Crédito das fotos: Divulgação/GAV Resorts