Marca conhecida pelos hotéis de luxo em Buenos Aires e Miami, o Faena vai desembarcar em São Paulo. Em parceria com a incorporadora e construtora Even e o Grupo Malzoni (proprietário do terreno), a Accor vai desenvolver o projeto na região da Faria Lima, mais precisamente na Rua Diogo Moreira, em Pinheiros.

O empreendimento vai incluir um hotel e um residencial no modelo de branded residences, à semelhança de projetos de luxo recentemente desenvolvidos na capital paulista, como o Fasano Itaim (inaugurado esta semana), Rosewood São Paulo (em operação desde o final de 2021) e o W São Paulo, que tem previsão de abertura em 2024.

Em comunicado enviado ao mercado (veja abaixo), a Even informa que o VGV (Valor Geral de Vendas) estimado do projeto é de R$ 3 bilhões. As vendas começam ainda no segundo semestre desse ano, e as obras deverão ser iniciadas no final de 2024.

Faena São Paulo - comunicado Even

Estrutura e investimento

O primeiro Faena do Brasil ficará em um terreno de 20 mil metros quadrados (m²), próximo do encontro das avenidas Faria Lima e Eusébio Matoso. Os responsáveis pelo projeto prometeram um art center, com estrutura independente e dedicada à arte, cultura e gastronomia, além de uma área destinada a eventos.

Pelo que apurou a reportagem do Hotelier News, o hotel terá 180 apartamentos, além de toda infraestrutura de bem-estar. Não está confirmado o número de unidades residenciais do projeto, mas, segundo especialistas do mercado imobiliário, o VGV estimado deve contar com os quartos da operação hoteleira para atingir os R$ 3 bilhões divulgados.

Os primeiros contatos em relação ao projeto são de 2019, pré-pandemia portanto. A HotelInvest fez o estudo de viabilidade do empreendimento, que foi muito modificado desde então. Inicialmente, por exemplo, as conversas entre Accor e Even envolviam a utilização da marca Raffles, mas tudo mudou com a assinatura de parceria entre a rede francesa e o Faena, ocorrida em 2021.

Pelo apelo da marca criada por Alan Faena entre brasileiros e sul-americanos, os três parceiros do projeto – Accor, Even e Grupo Malzoni – entenderam que a bandeira teria muito mais fit do que a tradicional Raffles, adquirida pela Accor em 2015.

(*) Crédito da capa: Divulgação/Faena