Expo Fórum Edição Capital: resgatando o turismo em São Paulo

Finalizando o ciclo de conteúdo do Expo Fórum Visite São Paulo Edição Capital, foi apresentada a capacitação Turismo na Cidade, por Denyse Sayuri Kirihara, guia de turismo e turismóloga da Secretaria Municipal de Turismo. “Esses encontros são importantes para reforçar todo o potencial que temos enquanto destino”, disse.

Segundo ela, o Aeroporto Internacional de Guarulhos, na região metropolitana da capital, recebe 60% dos turistas internacionais que visitam o Brasil, o que é um indicativo significativamente positivo para o setor. “Cada vez mais pessoas estão desembarcando em São Paulo para curtir a cidade e tudo que ela pode oferecer, e tudo isso é fruto de muito trabalho dos órgãos de turismo”, ressaltou a palestrante.

Durante a capacitação, Denyse falou sobre a importância de entender a necessidade dos viajantes, o que eles buscam. “Em relação ao Centro Histórico de São Paulo, por exemplo, é a porta de entrada da cidade, que os turistas vão querer conhecer. Preservar e criar políticas para manter essas áreas atrativas é fundamental”, comentou.

Resgate da cultura

Ainda durante a explanação, a palestrante reforçou que os roteiros turísticos desenvolvidos pela secretaria envolvem diversos pontos conhecidos da cidade, como o Minhocão, Museu da Língua Portuguesa, Museu da Imigração, Avenida Paulista, MASP (Museu de Arte de São Paulo), Parque Ibirapuera, entre outros.

“Para quem mora em São Paulo, esses pontos fazem parte da rotina, mas para quem vem de fora sempre existe aquele encanto inicial e as experiências oferecidas devem levar esse interesse em consideração”, finalizou.


Os desafios das pessoas com deficiência

Prosseguindo com a programação do Expo Fórum Visite São Paulo Edição Capital, foi apresentada a capacitação Conhecer para incluir – boas práticas para o turismo acessível e inclusivo. Participaram do bate-papo Dika Vidal, secretária adjunta da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência; Jéssica Paula, jornalista e empreendedora; e Roberta Pontes, assessora técnica na coordenação de Projetos de Inclusão da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência.

Abrindo a conversa, Dika comentou que a inclusão ainda não é tratada como deveria ser, e que as pessoas com deficiência também consomem os serviços de turismo e precisam ser incluídas com respeito nos planos de promoção de destinos, entre outros pontos. “Para a pessoa com deficiência, existe uma série de limitações, e a adaptação dos espaços tornaria a vida desse grupo bem mais fácil”, disse.

“E não falo só de acessibilidade em espaços, mas também de serviços. Existem vários tipos de deficiência. Assim, é preciso repensar sites, plataformas e estratégias em geral, para que esta inclusão seja garantida”, explicou.

Políticas de inclusão

Dando prosseguimento,  Roberta falou de acessibilidade atitudinal, que possibilita que qualquer pessoa possa estar em algum lugar, seja ela com deficiência ou não.

“É importante prestarmos atenção no que fazemos e acabamos sendo desrespeitosos com essas pessoas. É preciso agir naturalmente com elas. Cada pessoa tem particularidades, e precisamos deixá-las à vontade para se expressar naturalmente. Por isso, a secretaria disponibiliza serviços para ajudar a promover a inclusão. Uma delas é o CIL (Central de Intermediação de Libras), que faz a mediação na comunicação entre pessoas surdas ou com deficiência auditiva no atendimento dos serviços públicos de São Paulo”, endossou.

Tomando  a palavra, Jéssica destacou que existem diversos erros no tratamento às pessoas com deficiência. O principal deles é tratar a execução de tarefas básicas como algo excepcional. “Excepcional é escalar o Pão de Açúcar, como eu fiz. Mas se eu lavo minha louça e cuido da minha casa, é apenas uma atividade diária na vida de qualquer pessoa, inclusive as com deficiência”, afirmou.

“Só não precisa de recursos de acessibilidade quem não sai de casa. Em algum momento, todos vamos precisar.  E é importante estarmos cada vez mais conscientes para isso”, finalizou.


Afroturismo e representatividade

Continuando a tarde de capacitações do Expo Fórum Visite São Paulo Edição Capital, Hubber Clemente, gestor executivo do Fórum São Paulo Afroturismo, apresentou a capacitação Afroturismo, ao lado de Denise Rodrigues, guia e mestra em turismo, e turismóloga. Dando início à conversa, Clemente trouxe um dado interessante: São Paulo é a cidade com maior número de pessoas negras no Brasil.

Expo Fórum Edição Capital - Hubber_Clemente

Clemente reforçou importância da representatividade

“Se pesquisas mostram que o brasileiro admite que existe racismo, no turismo não vai ser diferente e, portanto, a discriminação vai acontecer. Por isso, é hora de as empresas do setor começarem a se movimentar em relação a essa questão”, destacou Clemente, que também atua como articulista do Hotelier News, trazendo o tema para debate.

“O afroturismo é para todos, mas protagonizado por pessoas negras. Ele foi criado justamente para apoiar essa política de inclusão, destacou o palestrante, acrescentando que o conceito de afroturismo vem não para tomar o lugar de nenhum outro segmento do setor, mas propor inclusão e igualdade.

“As minorias representadas aqui ainda não são a maioria no turismo. Mas a cidade de São Paulo tem muito potencial para ser inovadora neste sentido. E é por isso que seguimos falando sobre isso, visando esse cenário mais positivos. Lembrem de nós não só em novembro, mas o ano inteiro”, concluiu.

Representatividade

Tomando a palavra, Denise pontuou que a memória das cidades também é um ponto importante para favorecer a narrativa do afroturismo. “Pessoas negras procuram por representatividade nos destinos para os quais viajam. O afroturismo é justamente falar desse resgate da memória, valorização, preservação e reconexão com a identidade e história por meio dos bens culturais, materiais e imateriais, que têm os negros como protagonistas”, ressaltou.

“Um grande exemplo é o bairro da Liberdade, em São Paulo, que sofreu um apagamento histórico das populações afro e indígena. Por isso, temos que falar sempre de população preta, representatividade. O afroturismo aparece como ferramenta para viabilizar que essas pessoas estejam, sim, em cargos de liderança e posições de destaque”, finalizou.

 


O que é o turismo LGBTQIAPN+?

Iniciando a programação da tarde no Expo Fórum Visite São Paulo Edição Capital, Ricardo Gomes, presidente da Câmara de Comércio e Turismo LGBTQIAPN+ do Brasil, comandou a capacitação Sensibilizando para a diversidade – o turismo LGBTQIAPN+ na cidade de São Paulo.

Iniciando o bate-papo com a plateia, o executivo apresentou alguns conceitos básicos da comunidade LGBTQIAPN+, como identidade de gênero, sexo biológico e orientação sexual. “Não dá para falar de turista LGBTI+ se não soubermos esses conceitos”, apontou Gomes.

O que é turismo LGBTQIAPN+

Durante a explanação, Gomes mencionou que esse nicho também engloba destinos, estabelecimentos e prestadores de serviços, que apoiam e protegem a comunidade. “É um grupo de pessoas que, assim como qualquer outro, consome viagens e serviços turísticos. Então é preciso pensar experiências que atendam a essas necessidades”, ressaltou o executivo.

De acordo com pesquisa da Booking.com, 92% dos viajantes LGBTQIAPN+ relataram que consideram sua segurança e bem-estar ao escolher um destino. Além disso, 27% dos entrevistados foram submetidos a estereótipos e um a cada cinco disseram que pessoas assumiram incorretamente seu gênero ou pronomes durante a viagem.

A pesquisa também mostrou que 77% dos viajantes afirmam que notícias de discriminação e violência impactam na escolha do destino. “Precisamos de lugares seguros, porque as experiências estão cada vez mais abertas, não só exclusivas para este grupo minorizado”, finalizou Gomes.


A importância do ESG no turismo

Prosseguindo com a programação do evento, Alexis Pagliarini, CEO da ESG4, apresentou o painel ESG (Environmental, Social and Governance) no setor de turismo, eventos e viagens, alertando para a crise climática que atinge o planeta, que irá atingir ainda mais fortemente as gerações futuras.

Durante a palestra, o executivo falou sobre os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU (Organização das Nações Unidas), que estão norteando ações em todo o mundo. “Hoje, o Brasil, é um dos países que mais emitem gases de efeito estufa, por conta das queimadas que são realizadas em todo o nosso território. Em relação aos resíduos, somos um dos piores exemplos, reciclando apenas 4% do lixo gerado. E isso evidencia ainda mais a importância do ESG no nosso cotidiano, para minimizar esses efeitos”, exemplificou.

Durante a explanação, Pagliarini disse que o ESG é urgente e para todos. “Hoje, Toronto, no Canadá, é a primeira cidade do mundo que está fazendo uma administração baseada nos princípios ESG, e tudo começa com o estabelecimento de premissas básicas sobre o destino. É a partir daí que a estratégia começa, e funciona”, ressaltou.

Hotelaria e ESG

Durante a palestra, o executivo apresentou um estudo da Greenview em parceria com o WTTC (World Travel and Tourism Council). No documento, foram elencados pontos importantes para implementar o ESG na hotelaria. Entre eles, estão identicar e reduzir resíduos, diminuir emissões de CO2, reutilização da água, utilização de energia sustentável, substituição de embalagens de plástico, entre outras iniciativas que colaboram para reduzir os impactos ambientais.

“Nossa interferência está fazendo com que desastres naturais ocorram com cada vez mais frequência. Estamos entrando em uma era na qual cada um de nós é responsável pelo que acontece no planeta. Assim, o ESG pode ser a salvação de todos nós”, finalizou.


A evolução das mulheres no turismo

Continuando com a grade de conteúdo do Expo Fórum Visite São Paulo Edição Capital, foi apresentado o painel São Paulo Social e a Força Feminina. O debate foi mediado por Milena Freire, diretora comercial regional da Minor Hotels & Resorts no Brasil. Também participaram da conversa Juliana Assumpção, diretora de Negócios da Abav-SP; Ana Karin Andrade, presidente do Instituto Mulheres Solidárias; e Marina Figueiredo, presidente executiva da Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo).

Expo Fórum Edição Capital - Juliana_Assumpção

Juliana exaltou trajetória da mulher no mercado

Abrindo o painel, Marina iniciou destacando o papel da mulher no setor hoteleiro. “Fico feliz em acompanhar a evolução das mulheres nos últimos anos. Sempre que comparamos o turismo com outros setores, ele sempre tendeu a ser mais inclusivo. Estamos vendo cada vez mais mulheres ocupando cargos de liderança, mas para que isso seja equitativo, as entidades precisam, também, trazer esse olhar de diversidade e igualdade para o nosso setor”, analisou.

Juliana, por sua vez, ressaltou que esse crescimento da importância da mulher no setor é creditado à forma como elas têm lidado com as dificuldades de inserção no mercado. “Particularmente, não tive dificuldades, mas o recorte geral é, sim, de muitos desafios, e me sinto cada vez mais feliz por esse momento positivo”, explicou.

Papel social do turismo

Dando continuidade ao painel, Ana Karin, que também atuou como presidente da Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo), falou sobre a atuação do Mulheres Solidárias, que trabalha promovendo diversas ações sociais. “Eu gosto de cuidar das pessoas, e minha missão é mostrar que o turismo pode ser sim, um grande propagador do bem, de ações sociais, não só aquele turismo de vender um destino e atrações. É um setor engajado e meu trabalho se concentra nisso”, disse.

Dando continuidade ao debate, Milena trouxe um ponto importante: durante a luta por espaço no mercado de trabalho, muitas mulheres precisaram se desprender do que era essencialmente feminino e se aproximar mais do comportamento dos homens. A partir disso, trouxe um questionamento: como as mulheres podem ajudar meninas a galgarem cargos cada vez mais importantes não só no turismo, mas em todos os setores?

Respondendo à pergunta, Marina destacou que o que deve ser feito é transformar o que era apontado anteriormente como a fraqueza feminina na real força das mulheres. “O primeiro ponto é enaltecermos o fato de ser mulher como força, como diferencial, e não fraqueza. O segundo ponto é promover cada vez mais um ambiente confortável não só para as mulheres, mas para todos se colocarem da forma que são, existirem como são”, concluiu.


Como promover o destino São Paulo?

Dando continuidade à programação do Expo Fórum Visite São Paulo Edição Capital, Rodolfo Marinho, secretário de Turismo da cidade, mediou o painel Promovendo São Paulo. Também participaram do debate Fernando Piccinini, VP de Criação da Rino Com; Milton Cebola Mastrocessario, diretor criativo na SINC-IT; e Luiz Lara, chairman da TBWA no Brasil e sócio-fundador da Lew’lara.

Abrindo o bate-papo, Marinho pontuou a importância das parcerias que a secretaria tem firmado para aumentar o ritmo de crescimento do turismo na cidade. “Temos vários desafios para o turismo, mas essas parcerias têm nos ajudado de forma significativa neste trabalho”, afirmou.

Em seguida, Matocessario destacou o crescimento do destino São Paulo nos últimos anos. “As experiências das pessoas quando vêm a São Paulo são diversas e, na maioria das vezes, positivas. Isso é o nosso principal cartão de visitas. É uma cidade que tem muito a oferecer”, analisou.

“Temos um produto maravilhoso nas mãos. Aqui tudo acontece. E quando dizem que São Paulo é tudo de bom, não é nenhum exagero”, complementou o executivo, ressaltando a diversidade de atrações oferecidas pela capital paulista.

Complementando o raciocínio, Lara falou sobre o potencial turístico de São Paulo. “Aqui, temos uma infinidade de opções de lazer, gastronomia, cultura e comércio, e isso nos iguala aos grandes destinos interncionais. O turismo é uma das atividades mais geradoras de emprego, então precisamos estar muito afiados em nossa competitividade”, comentou, acrescentando que é preciso inovar sempre, pensando em novas alternativas para entregar uma experiência cada vez mais positiva aos visitantes.

Unindo público e privado

Assumindo a palavra durante o debate no Expo Fórum Visite São Paulo Edição Capital, Piccinini falou sobre o papel das parcerias entre público e privado para alavancar o turismo. “Boas ideias nascem de talento e simplicidade. Um dsses exemplos é a campanha #topoverSP, anagrama com a expressão stopover, conceito no qual a pessoa passa um, dois dias em um destino enquanto está se dirigindo a outro. Começamos a trabalhar com esse foco, apresentando opções para que as pessoas desejem ver os atrativos de São Paulo durante uma viagem para outros destinos”, acrescentou.

Questionados por Marinho sobre estratégias para atrair os turistas que vêm a São Paulo para participar de eventos, os palestantes pontuaram que é interessante analisar dados para estudar hábitos de consumo. “A partir do estudo desses dados, conseguimos apresentar atrações diversas de gastrnonomia, cultura, arte, passeios, entre outros”, disse Lara.

Matocessario, por sua vez, disse que o que sobra, no fim da ponta, é o que foi vivenciado pelos turistas durante a estada em São Paulo. “É isso que precisamos nas campanhas de promoção do destino. É dessa emoção que precisamos”, afirmou.

Demanda de eventos

Ainda durante o debate, o secretário relembrou que, no pós-pandemia, a cidade tem realizado eventos diversos e que, hoje, a demanda é tão grande que já faltam espaços para realização desses eventos. “Assim, temos duas oportunidades: de ampliar nossa estrutura e trabalhar para que os turistas de eventos fiquem em São Paulo, o que traria ganhos significativos ao setor”, relatou.

Piccinini ressaltou que, depois da pandemia, há uma vontade maior, por parte do consumidor, de vivenciar novas experiências. “São Paulo já não é mais uma cidade para realizar eventos só de quinta a domingo. Existe demanda consumidora, então vamos ampliar nossa capacidade nesse segmento, fazendo eventos durante a semana. Só temos a ganhar”, finalizou.


Expo Fórum Edição Capital é aberto oficialmente

Foi aberto há pouco, no Novotel Jaraguá, na capital paulista, o Expo Fórum Visite São Paulo Edição Capital, promovido pelo SPCVB (São Paulo Convention & Visitors Bureau). O encontro, que faz parte das Ações Integradas de Hospitalidade do convention, traz uma série de discussões visando movimentar o turismo e a indústria de eventos da cidade.

Expo Fórum Edição Capital - Toni_Sando

Sando reforçou importância de criar alternativas

O evento foi aberto oficialmente por Toni Sando, presidente executivo do SPCVB, que ressaltou a importância de discutir estratégias para o setor na cidade de São Paulo. “É uma cidade que atrai muita gente e, para receber bem, nada melhor que concentrar os esforços do Expo Fórum em treinamentos e alternativas para alavancar essa demanda”, disse.

Também estiveram presentes na abertura Fernando Guinato e Raffaele Cecere, presidente e vice-presidente do Conselho de Administração do convention, respectivamente, entre outros nomes do setor. “Temos um potencial turístico enorme a explorar, e esse fórum com certeza vai nos direcionar sobre o que fazer”, complementou Guinato.

Cecere, por sua vez, falou do potencial de São Paulo como força motriz para movimentar o turismo nacional. “Por isso, reiteramos nosso compromisso com o turismo tanto de negócios, quanto de lazer. É isso que sabemos fazer e vamos concentrar nossos esforços em estratégias diversas”, ressaltou.

Dados do setor

Durante a abertura do evento, Sando pontuou que, hoje São Paulo responde por 75% dos eventos realizados no Brasil, reforçando o potencial da cidade para liderar o crescimento do setor. “São Paulo tem características únicas e é essa cidade que estamos vendendo: um destino com capacidade de receber bem, com hotelaria bem estruturada, gastronomia diversa e opções para todos os gostos”, pontuou o executivo do SPCVB.

Na cerimônia de abertura do Expo Fórum Visite São Paulo Edição Capital, o presidente executivo do convention ressaltou que a cidade se movimenta, sempre recebendo grande volume de visitantes para eventos, feiras e congressos. “No momento em que uma pessoa se desloca, ela está buscando experiência. Somos embaixadores do destino São Paulo, então precisamos embalar essa cidade para que ela seja cada vez mais atraente. Queremos que os visitantes, mesmo estando em meio a uma programação de evento, aproveite a cidade. É isso que chamamos de ações integradas de hospitalidade”, endossou. Segundo ele, a missão principal do turismo de São Paulo se baseia em três estratégias principais: integrar, promover e capacitar.

(*) Crédito das fotos: Lucas Barbosa/Hotelier News